Mais de 60% dos sul-coreanos confia nas intenções da Coreia do Norte sobre a desnuclearização, depois da histórica cimeira intercoreana realizada na sexta-feira, de acordo com uma sondagem publicada hoje.
O inquérito publicado pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap, realizado no mesmo dia do encontro histórico entre os líderes das duas Coreias, mostrou que 64,7% dos entrevistados acreditam nas intenções de Pyongyang em desnuclearizar o território e alcançar a paz na península.
Em contrapartida, 28,3% dos inquiridos disseram não confiar no regime norte-coreano, enquanto 7% não têm certezas, de acordo com as respostas de 500 pessoas que responderam ao inquérito.
De acordo com o mesmo estudo, mais de metade dos inquiridos (52%) admitiu ter mudado de opinião sobre a Coreia do Norte, ao passo que 26,2% recusou confiar no "regime estalinista".
Uma outra pesquisa, agora divulgada, mostrou uma aprovação recorde de 85,7% do Presidente da Coreia do Sul.
Na sexta-feira, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, concordaram tomar medidas para a "completa desnuclearização" da península coreana e procurar pôr permanentemente fim à guerra, de acordo com a declaração conjunta que os dois dirigentes assinaram.
A Guerra da Coreia (1950-53) terminou com a assinatura de um armistício que nunca foi substituído por um tratado de paz, o que significa que os dois países continuam tecnicamente em guerra.
A cimeira, realizada na cidade fronteiriça sul-coreana de Panmunjom, foi a primeira entre líderes coreanos em 11 anos e Kim Jong-un foi o primeiro dirigente norte-coreano a pisar solo da Coreia do Sul desde o fim da guerra que separou os dois países.