Pais estão a contratar “tios mauzões” para proteger crianças de bullying - TVI

Pais estão a contratar “tios mauzões” para proteger crianças de bullying

  • JFP
  • 21 set 2018, 17:54
"Tio Mauzão" protege crianças de bullying na Coreia

A ideia é que as crianças tenham a proteção de alguém, como se fosse um segurança privado, e que possa intimidar os agressores. Negócio está a crescer na Coreia do Sul

O serviço “Tio Assustador” é uma tendência em crescimento na Coreia do Sul. Este negócio tem como objetivo proteger as crianças vítimas de bullying e pode ser contratado em vários formatos, do mais agressivo ao mais ligeiro.

A ideia é que as crianças tenham a proteção de alguém, como se de um segurança privado se tratasse, e que possa intimidar eventuais agressores.

Existem três formatos que os pais podem escolher para o serviço: o “Pacote Tio”, o “Pacote Provas” e o “Pacote Acompanhante”. Cada um com tarefas personalizadas e, claro, com preço mais alto consoante a exigência.

O primeiro, o “Pacote Tio”, é executado por um homem alto, intimidante com idade entre os 30 e os 40 anos que finge ser tio da criança. Através de uma conversa, vai dar “um aviso” aos agressores e acompanhar a vítima nos percursos entre casa e escola. É um serviço que custa aos pais cerca de 377 dólares por dia.

Por apenas 300 euros, há um serviço mais leve. O “Pacote Provas” consiste em ter um “tio” que recolhe provas do bullying sobre a criança e mostra aos responsáveis pela escola de forma a que eles tomem uma ação. Caso contrário, as imagens podem começar a circular, manchando o papel do quadro escolar.

O mais caro é o “Pacote Acompanhante”. Por mais ou menos 1500 euros, um “tio” visita o local de trabalho dos pais do agressor e protesta em frente aos edifícios, com gritos, dizendo: “Aqui trabalha o pai de uma criança agressora”.

O professor Kim Yoon Tae, da Universidade da Coreia, afirmou que “a sanção privada é apenas outra forma de violência”.

Violência escolar precisa de ser resolvida através de melhorias no sistema”, concluiu.

O governo anunciou, ao ver crescer este negócio, uma série de novas medidas para evitar o bullying, incluindo suspensões forçadas de estudantes envolvidos em agressões. O estado baixou ainda para 12 a idade a que as crianças podem ser penalizadas por crimes.

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