Covid-19: aeroporto da Finlândia usa cães para detetar a covid-19 - TVI

Covid-19: aeroporto da Finlândia usa cães para detetar a covid-19

ET, Kossi, Miina e Valo já estão a trabalhar no maior aeroporto do país e só demoram 10 segundos a fazer a "análise"

O aeroporto internacional de Helsínquia, o maior da Finlândia, já está a utilizar cães para detetar a presença de covid-19 nos passageiros. Esta é a primeira semana de um ensaio que vai durar quatro meses, e que pode vir a ser uma forma barata e eficaz de rastrear a doença.

Ao serviço das autoridades estão já quatro cães treinados pela Associação de Deteção de Odores da Finlândia, que começaram a trabalhar esta quarta-feira num projeto que é financiado pelo governo.

É um método muito promissor. Os cães são muito bons a farejar", revela Anna Hielm-Bjorkman, professora de veterinária na Universidade de Helsínquia, em declarações à agência Associated Press.

A especialista acrescenta que, caso este ensaio seja eficaz, o método pode vir a ser utilizado noutros locais, como sejam hospitais, lares de idosos, recintos desportivos ou outros locais com grande aglomeração de gente.

A utilização de cães para a deteção da covid-19 já está em estudo em países como a Austrália, França, Alemanha ou Estados Unidos, mas este é, até ao momento, o ensaio mais alargado.

Anna Hielm-Bjorkman sublinha que a Finlândia é o primeiro país da Europa a fazer esta experiência, ressalvando que o aeroporto do Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, implementou uma técnica similar durante o verão.

Por agora, e durante a fase de testes, as pessoas que se queiram voluntariar não precisam de entrar em contacto físico com o cão. É-lhes antes pedido que passem um papel na pele, objeto que depois vai ser colocado num frasco. De seguida, um dos quatro animais ao serviço do aeroporto - ET, Kossi, Miina e Valo - tentam detetar o frasco certo.

Estes quatro animais já foram utilizados previamente na deteção de doenças como o cancro ou a diabetes.

Ao todo, cada teste deverá demorar cerca de 10 segundos, e os cães dão a conhecer os resultados através da pata, de movimentos ou de latidos. Caso o teste dê positivo, o passageiro será submetido a uma análise de reação em cadeia da polimerase (PCR, na sigla em inglês), por forma a verificar se o animal foi eficaz na sua análise.

Ao todo, e segundo Timo Aronkyto, responsável local que falou à AP, o programa deve custar cerca de 300 mil euros.

Timo Aronkyto,, the deputy mayor of Vantaa, the capital region city where the airport is located, said the program is costing 300,000 euros ($350,000) - an amount he called “remarkably lower” than for other methods of mass testing arriving passengers.

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