O Ministério da Saúde do Brasil fez esta terça-feira a atualização dos números relativos à pandemia Covid-19 no país.
Com um novo recorde no número diário de mortos (mais 474), o Brasil passa a totalizar 5.017 óbitos relacionados com o novo coronavírus.
O @minsaude atualiza a situação do #coronavirus no Brasil - 28/04:
— Ministério da Saúde (@minsaude) April 28, 2020
▶️ 71.886 casos confirmados
▶️ 5.017 óbitos
▶️ 34.325 em acompanhamento
▶️ 32.544 recuperados
▶️ 1.156 óbitos em investigação
Confira mais informações na plataforma: https://t.co/fIH1TRftNx #COVID19 pic.twitter.com/xLqf1Wqc3g
O número de casos também continua a aumentar de forma exponencial, registando-se mais 5.395 contágios em relação ao último boletim. O total de casos confirmados é, agora, de 71.886.
A taxa de letalidade também continua a aumentar, passando de 6,3% para os atuais 6,9%.
Apesar dos números, existe um dado a destacar pela positiva, uma vez que já existem 32.544 doentes recuperados.
O estado mais afetado continua a ser São Paulo, onde já foram registados 2.049 óbitos entre os 24.041 infetados.
A situação é de tal maneira grave que o governo já ordenou a expansão de vários cemitérios, à medida que se continuam a fazer enterros em massa, até durante o período da noite.
Fronteiras aéreas fechadas mais 30 dias
Face ao avançar da pandemia, o governo brasileiro prolongou a proibição da entrada no país de todos os cidadãos estrangeiros por via aérea por mais 30 dias.
A portaria, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, prorroga o prazo de uma medida adotada há um mês, que impedia a "entrada" no país sul-americano por via aérea "de estrangeiros, independentemente da sua nacionalidade".
Assinada pelos ministérios da Casa Civil, da Justiça, da Infraestrutura e da Saúde, a resolução frisa que a restrição de entrada não se aplica a cidadãos brasileiros, estrangeiros com parentes diretos brasileiros, imigrantes com residência de caráter definitivo, estrangeiros em missões diplomáticas ou a serviço de organizações internacionais, estrangeiros com entrada autorizada pelo governo brasileiro ou portadores de Registo Nacional Migratório.
Também não se aplica a passageiros que façam escala no país, desde que não saiam da área internacional do aeroporto, assim como a aterragens de aeronaves para abastecimento, quando não houver necessidade de desembarque de passageiros das nacionalidades com restrição.
Ainda de acordo com a nova portaria publicada pelo governo, quem não cumprir poderá ser "responsabilizado de forma civil, administrativa e penal, repatriado ou deportado imediatamente ou inabilitado a pedir refúgio".
Excecionalmente, o estrangeiro que estiver num dos países de fronteira terrestre e precisar atravessá-la para embarcar em voo de retorno ao seu país de residência poderá entrar na República Federativa do Brasil com autorização da Polícia Federal", indica ainda o documento.
A restrição foi adotada após recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por motivos sanitários relacionados aos riscos de contaminação e disseminação da doença.
A medida complementa outras emitidas no mês passado, que também restringiram a entrada de estrangeiros nas fronteiras terrestres, semelhantes às já adotadas por todos os países vizinhos do Brasil.