Covid-19: governo do Brasil diz que pandemia provocará queda de 4,7% do PIB - TVI

Covid-19: governo do Brasil diz que pandemia provocará queda de 4,7% do PIB

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  • 13 mai 2020, 17:50
Jair Bolsonaro

Relatório aponta que o país está a perder cerca de 3,1 mil milhões de euros por semana

O governo brasileiro informou esta quarta-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve recuar 4,7% em 2020, afetado pela paralisação das atividades económicas durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

As projeções da Secretaria de Política Económica “apontam para queda de 4,7% no PIB em 2020”, diz um relatório sobre a crise gerada pela pandemia Covid-19 produzido e divulgado pelo Ministério da Economia do país.

A cada semana que a economia permaneça com restrições de movimentação de bens, serviços e pessoas, há uma perda imediata de 20 mil milhões de reais [3,1 mil milhões de euros], além das perdas crescentes em PIB de longo prazo e na dificuldade de recuperação", acrescentou o relatório.

O texto apresentou o diagnóstico de que a paralisação da economia no longo prazo pode gerar "custos incalculáveis, levando milhões de trabalhadores ao desemprego, milhões de famílias para baixo da linha da pobreza e à falência de um número substancial de empresas”.

Diante deste cenário, o relatório defendeu que é fundamental que a agenda pós-pandemia se concentre na redução do desemprego, na redução da pobreza e na retoma e criação de empresas.

Para tanto, o Ministério da Economia brasileiro defendeu as chamadas reformas pró-mercado que avalia serem fundamentais e que devem estar centradas no incentivo a investimentos da iniciativa privada e controlo dos gastos públicos para evitar uma subida descontrolada da dívida pública.

Neste ponto, o relatório advogou uma agenda de consolidação fiscal e combate à má alocação de recursos a partir de uma abertura económica, privatizações e concessões, reforma tributária, revisão das desonerações e subsídios públicos, entre outras medidas.

O Brasil apresentou indicadores económicos negativos desde que a pandemia provocada pelo novo coronavírus chegou ao país, no final de fevereiro, quando o primeiro caso de covid-19 foi oficialmente registado.

Sob os efeitos da pandemia, o setor de serviços brasileiro recuou 6,9% em março e as vendas no retalho registaram queda de 2,5% no mesmo período, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O desemprego no país sul-americano também cresceu, pois o IBGE atestou que 1,2 milhões de brasileiros entraram na fila do desemprego nos últimos três meses, período em se sentiu os primeiros impactos da pandemia.

O Brasil tem 177.589 casos confirmados e 12.400 mortes provocadas pelo novo coronavírus.

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