Covid-19: mil cruzes em frente ao Congresso recordam a Bolsonaro vítimas da pandemia - TVI

Covid-19: mil cruzes em frente ao Congresso recordam a Bolsonaro vítimas da pandemia

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  • Publicado por MM
  • 28 jun 2020, 21:27

O Brasil tem mais de 57 mil mortos provocados pela pandemia

Mil cruzes cravadas em frente ao Congresso brasileiro, como parte de uma manifestação simbólica, recordaram este domingo as mais de 57 mil vítimas da Covid-19 no Brasil e o "negacionismo" do presidente Jair Bolsonaro.

Durante três horas as cruzes "decoraram" os amplos jardins em frente à sede do Congresso e que constitui parte da esplanada dos ministérios, a ampla avenida em Brasília onde estão localizados os principais edifícios públicos do país, incluindo o da presidência.

O ato batizado de "Stop Bolsonaro" foi organizado por um movimento de esquerda que se identificou como "Resistência e Ação" e que, desta forma, quis recordar as milhares de vítimas do novo coronavírus no Brasil, o segundo país com mais mortes e infetados com a doença no mundo.

Mais de 50 mil mortes. Bolsonaro pare de negar", lia-se, em grandes letras, no única inscrição que acompanhava as cruzes cravadas no centro do poder no Brasil.

O líder de extrema-direita é um dos governantes mundiais mais céticos sobre a gravidade da pandemia, chegando a chamar a Covid-19 de "gripezinha", defendendo a imediata normalização de todas as atividades e o fim das medidas de distanciamento social impostas pelos governadores e municípios para enfrentar o novo coronavírus.

Segundo o último balanço do Ministério da Saúde, decorridos quatro meses e um dia desde o primeiro caso registado, o Brasil contabilizou até sábado 57.070 mortes e 1.313.667 casos confirmados do coronavírus.

Estes números confirmam o Brasil como o segundo país com mais vítimas e contágios no mundo depois do Estados Unidos, bem como um dos novos epicentros mundiais da pandemia, além de ser a nação que registou a média mais alta de vítimas nos últimos dias.

Apesar de a pandemia continuar a avançar e de o país ainda não ter atingido o pico da curva de contágio, a maioria dos governos regionais e municipais que impuseram medidas de distanciamento para conter a doença já iniciaram processos graduais de desconfinamento.

Outros pequenos atos convocados através das redes sociais com a ‘hashtag' #StopBolsonaroMundial, que pediu a renúncia do chefe de Estado e criticou a sua política negacionista perante a pandemia, registaram-se hoje em algumas cidades brasileiras e no exterior, principalmente na Europa.

Em Brasília, onde o protesto incluiu também uma cerimónia ecuménica com a participação de líderes indígenas, os manifestantes pediram ao congresso a abertura de um processo político de destituição contra Bolsonaro.

Foi um ato para denunciar os responsáveis por este genocídio", afirmou a professora Lucia Iwanow, uma das organizadoras do protesto.

Entre os manifestantes em Brasília destacou-se a presença do ex-ministro Gilberto Carvalho e da deputada federal Erica Kokay, dois importantes dirigentes do Partido dos Trabalhadores, a força política que governou durante 13 anos o país, primeiro com Luís Inácio Lula da Silva (2002-2010) e depois com Dilma Rousseff (2011-2016) no cargo de Presidente da República.

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