A medida, invulgar para uns, discriminatória para outros, mas necessária para as autoridades do país, já está em vigor e foi justificada por Laurentino Cortizo, o presidente do Panamá.
A grande quantidade de pessoas a circular na rua, apesar da quarentena obrigatória a nível nacional, levou o governo a tomar medidas mais severas."
Sendo assim, desde quarta-feira, a quarentena passou a ser dividida por sexos. Significa, isto, que as mulheres só estão autorizadas a sair de casa para comprar bens essenciais, às segundas, quartas e sextas-feiras. Já os homens podem sair à rua para realizar tarefas às terças, quintas e sábados. Ao domingo, toda a gente está obrigada a permanecer em casa.
As restrições vão durar, pelo menos, 15 dias, e foram anunciadas no Twitter pelo Ministério da Saúde do país.
Comunicado N° 35 #ProtégetePanamá #QuédateEnCasa pic.twitter.com/YHfE7pmgHB
— Ministerio de Salud de Panamá (@MINSAPma) March 31, 2020
O governo garante que dividir as exceções à quarentena obrigatória por sexo e por dias da semana vai permitir à polícia limitar de forma mais eficaz a quantidade de pessoas que saem à rua, sendo também uma maneira de impedir que famílias inteiras abandonem as suas casas.
Antes desta nova determinação, os habitantes do Panamá já estavam impedidos de sair à rua, a menos que se tratasse de uma emergência ou de uma saída para comprar comida. Ainda assim, as autoridades do país garantem que a restrição estava a ser violada.
Para além da quarentena dividida por sexos e por dias, o governo alargou o toque de recolher obrigatório que, desde ontem, passa a começar às 5 da tarde, em vez das 9 da noite, e dura até às 5 da manhã, o que significa que durante metade do dia ninguém pode ir à rua.
O país da América central não está a ser, nem tem sido, brando no que toca à contenção da Covid-19: no dia 22 de março, todos os voos domésticos e internacionais foram suspensos e os aeroportos. Desta forma, nem os cidadãos nacionais podem viajar para casa.
Nesta altura, o Panamá tem 1317 casos confirmados de infeção por Covid-19, dos quais resultaram 32 mortes, segundo dados da universidade Johns Hopkins.