Covid-19: OMS considera que utilização de dexametasona é um "avanço científico" - TVI

Covid-19: OMS considera que utilização de dexametasona é um "avanço científico"

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  • 17 jun 2020, 09:06
Tedros Adhanom Ghebreyesus - OMS

Diretor-geral da OMS diz que este é o “primeiro tratamento comprovado que reduz a mortalidade em pacientes” que apenas conseguem respirar com recurso a um ventilador

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou que a utilização de dexametasona, medicamento da família dos esteróides, que reduziu significativamente a mortalidade em pacientes seriamente afetados pelo novo coronavírus é um “avanço científico” na luta contra a pandemia.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que este é o “primeiro tratamento comprovado que reduz a mortalidade em pacientes” que apenas conseguem respirar com recurso a um ventilador, citado pela agência France-Presse.

“São boas notícias e congratulo o Governo britânico, a Universidade de Oxford e os muitos hospitais e pacientes no Reino Unido que contribuíram para este avanço científico que salvou vidas”, acrescentou o responsável.

O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla inglesa) vai começar a utilizar dexametasona para combater a doença provocada pelo SARS-CoV-2, depois de um “grande estudo” que foi feito para encontrar um medicamento eficaz no combate contra a pandemia.

O secretário de Estado da Saúde britânico, Matt Hancock, disse que o NHS está a trabalhar para incluir este medicamento no “tratamento padrão” da covid-19, através de uma publicação na rede social Twitter.

O governante acrescentou que o medicamento já está disponível e que o Reino Unido tem 200.000 tratamentos armazenados e prontos para ser utilizados desde março.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 438 mil mortos e infetou mais de oito milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

O Reino Unido registou 41.969 mortos, em mais de 298 mil casos confirmados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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