Covid-19: vírus não se transmite por via aérea, volta a avisar a OMS - TVI

Covid-19: vírus não se transmite por via aérea, volta a avisar a OMS

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Organização Mundial da Saúde confirma, assim, que andar de máscara na rua não tem qualquer efeito, porque o novo coronavírus não fica no ar

O alerta da Organização Mundial da Saúde surge na sequência de uma revisão científica publicada este domingo acerca dos modos de transmissão da Covid-19:

O coronavírus é, sobretudo, transmitido através de gotículas geradas quando uma pessoa infetada tosse, espirra ou fala. Estas gotículas são demasiado pesadas para ficar suspensas no ar. Rapidamente caem no chão, ou em superfícies."

A OMS fez o aviso através das redes sociais, e explicou que a única forma de contágio através do ar acontece "se estiver a menos de um metro de distância de uma pessoa que tem Covid-19". Além disso, a contaminação pode ocorrer "ao tocar numa superfície contaminada, e depois tocar nos olhos, nariz ou boca, antes de lavar as mãos". Por isto mesmo, andar de máscara na rua sem contactar com outras pessoas não é eficaz, porque o vírus não tem a capacidade de pairar no ar.

Tendo em conta a sedimentação de conhecimentos sobre o comportamento do vírus que tem deixado a humanidade em estado de alerta, a OMS adverte que alguns estudos que apontam para a transmissão pela via aérea devem ser olhados com cautela, já que, neste momento, não há dúvidas em relação a essa forma de contágio.

As infeções respiratórias podem ser transmitidas através de gotículas de diferentes tamanhos. Quando as partículas têm entre 5 e 10 micrómetros de diâmetro, são consideradas gotículas respiratórias, e quando têm menos de 5 micrómetros de diâmetro, são consideradas núcleos de gotículas. De acordo com a evidência científica atual, o vírus da Covid-19 é, maioritariamente, transmitido entre pessoas através de gotículas respiratórias e rotas de contacto. Numa análise de 75.465 casos de Covid-19 na China, a transmissão pela via aérea não foi reportada."

A organização refere um estudo publicado no 'New England Journal of Medicine', que conclui que o coronavírus pode estar presente nas partículas mais pequenas, que são transmitidas pela via aérea. Porém, nesse trabalho científico os aerossóis foram gerados através de equipamento de "alta potência que não refletem as condições normais da tosse humana", ou seja, a máquina utilizada para pulverizar o vírus e o transformar em partículas minúsculas não corresponde àquilo que a tosse humana é capaz de fazer.

Ainda assim, a proteção da via aérea é recomendada em situações concretas onde, pela análise de risco, o perigo de contágio é mais elevado, nomeadamente em procedimentos médicos.

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