O norte-americano Michael Lane Brandin foi detido, depois de publicar na rede social Facebook que estava infetado com o novo coronavírus. O jovem de 23 anos decidiu fazer uma “experiência social”, mas não esperava de, com isso, perder o emprego ou ter de pagar a um advogado para o defender em tribunal.
O post gerou muitas reações e recebi muitas mensagens de amigos a perguntar se eu estava bem. Eu contei-lhes que era tudo mentira”, afirma.
Mas o boato rapidamente saiu das redes sociais e espalhou-se pela cidade de Tyler, no Texas. Várias pessoas começaram a ligar para os hospitais, a questionar se havia casos na localidade e como se poderiam proteger e a “experiencia social” tomou proporções tão grandes que a polícia foi obrigada a fazer um comunicado a desmentir tudo.
Por causa daquela publicação, perdi o meu emprego, o meu seguro de saúde, não vou poder começar o mestrado. Isto pôs a minha família em grandes dificuldades financeiras”, diz o jovem.
As autoridades emitiram um mandado de prisão e Michael foi detido. Só foi libertado sob uma fiança de mil dólares, cerca de 927 euros. Atualmente o jovem encontra-se em casa, à espera do julgamento, depois de ter sido acusado de “fazer circular falsos testemunhos sobre o Covid-19”.
Sou licenciado em comunicação e o que fiz foi para provar como é fácil fazer uma publicação online e causar pânico. É importante as pessoas estarem bem informadas e não acreditarem em tudo o que leem ou ouvem. Apesar de tudo, consegui comprovar o que queria e isso faz-me sentir bem”, afirma o jovem.
Mas Michael Brandin não foi o único a criar fake news. Desde o início da pandemia da Covid-19 que têm sido partilhadas várias publicações falsas, nas redes sociais, com teorias da conspiração sobre este vírus.
Os Estados Unidos são o país do mundo mais afetado pela pandemia da Covid-19, registando mais de 84 mil infetados, quase 47 mil vítimas mortais e 84 mil recuperados.
Só no Texas, segundo as atualizações das autoridades de saúde, contam-se 21.458 pessoas que testaram positivo para a doença e 550 mortes.