Antigos executivos da Fox acusados por esquema de suborno na FIFA - TVI

Antigos executivos da Fox acusados por esquema de suborno na FIFA

Bola Mundial Clubes (FIFA)

Hernan Lopez e Carlos Martinez acusados de implicação que daria direitos de transmissão dos Mundiais de 2018 e 2022. Pena de prisão pode ir até 20 anos. Julgamento na próxima quinta-feira.

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Dois antigos executivos da 21st Century Fox, Hernan Lopez e Carlos Martinez, foram acusados pelo ministério público norte-americano por alegada participação num esquema de suborno multimilionário, que envolvia incentivos a funcionários da FIFA, em troca dos direitos de transmissão e marketing das maiores competições internacionais.

Lopez e Martinez foram indiciados por «fraude eletrónica, lavagem de dinheiro e ofensas relacionadas», incluindo a «conspiração de extorsão», tal como o antigo CEO da empresa de media espanhola Imagina Media Audiovisual SL, Gerard Romy, além da empresa de marketing uruguaia Full Play Group SA.

Em nota oficial deliberada esta segunda-feira, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos refere que Lopez e Martinez «juntaram-se à Full Play e a outros conspiradores» num esquema que envolvia «o pagamento anual de milhões de dólares em subornos a funcionários da CONMEBOL em troca dos direitos lucrativos de transmissão da Libertadores, o torneio de clubes mais popular da região, entre outros eventos».

Além disso, os mesmos dois indivíduos «também confiaram na lealdade garantida através do pagamento de subornos a determinados funcionários da CONMEBOL para promover os interesses comerciais da Fox», bem como «para obter informações confidenciais» para arrecadar os direitos de transmissão dos Mundiais de 2018 e 2022.

Estas são as últimas acusações de uma longa investigação sobre a corrupção em torno da FIFA organismo que rege o futebol a nível mundial.

A mesma acusação refere, pela primeira vez, que os responsáveis da FIFA aceitaram o «pagamento e recebimento de subornos e incentivos relacionados, entre outras coisas», com a «seleção da FIFA dos países para sediar várias edições do Mundial», nomeadamente a de 2018 na Rússia e a de 2022, no Qatar.

«É chocante que o governo traga à tona um caso tão ténue», afirmou Matthew Umhofer, advogado de Lopez, citado pela Reuters. Já o causídico de Martinez, Steven McCool, referiu que as acusações contra o seu cliente nada mais são que «ficção obsoleta».

«O nosso cliente espera defender-se vigorosamente de todas as acusações no julgamento», afirmou o advogado da Full Play, Carlos Ortiz, ao passo que a defesa de Gerard Romy recusou comentar o caso.

A justiça norte-americana refere que os réus podem ser condenados a um máximo de «20 anos de prisão».

O julgamento está marcado para a próxima quinta-feira, dia 9, perante a juíza distrital dos Estados Unidos, Pamela K. Chen, em Brooklyn.

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