Surto de Covid-19 em Pequim "preocupa" OMS, que confirma mais de 100 novos casos - TVI

Surto de Covid-19 em Pequim "preocupa" OMS, que confirma mais de 100 novos casos

Autoridades de Pequim realizam testes à Covid-19 em massa após surto

Organização Mundial da Saúde diz que está a seguir "de muito perto" a evolução do surto, que poderá ter origem em salmão/salmão embalado importado

O surto de Covid-19 em Pequim está a preocupar a Organização Mundial da Saúde (OMS), que confirmou, nesta segunda-feira, a existência de mais de 100 novos casos.

Na conferência de imprensa de balanço da Covid-19, em Genebra, na Suíça, a OMS disse estar a seguir "de muito perto" a evolução deste surto, considerado "preocupante" e "significativo" não só pelo número de infetados, mas também por Pequim se tratar de uma cidade "grande, dinâmica e com muitas ligações".

Como vimos em muitos países, o surgimento de novos surtos é sempre uma preocupação. Mas o que queremos ver é uma resposta imediata e um conjunto abrangente de medidas", afirmou o diretor do programa de emergências sanitárias, Mike Ryan.

Mike TRyan garantiu que a Organização está em "contacto próximo" com as autoridades de saúde chinesas e espera que o país partilhe rapidamente a sequência genética do vírus detetado no surto, cuja origem, uma vez mais, está a ser associada a um mercado, desta feita o mercado de Xinfadi, o maior de produtos frescos em Pequim.

A Organização admitiu mesmo a "hipótese" de o surto ter origem em salmão/salmão embalado importado.

A imprensa chinesa avança que o vírus foi detetado em tábuas de corte, usadas para cortar salmão importado, mas Mike Ryan mostrou-se reticente em considerar que as embalagens devem ser testadas e encaradas como fonte de contaminação.

Uma posição que contraria, segundo a agência noticiosa Reuters, a de especialistas ouvidos nesta segunda-feira, que defendem que o peixe por si só não transmite a doença e que, por isso, qualquer ligação ao salmão só pode ser resultado de uma contaminação cruzada, como por exemplo durante o embalamento.

Essa contaminação cruzada poderá ter origem na Europa.

A descoberta de que este vírus pode representar uma estirpe mais comum na Europa é importante e pode refletir mais a transmissão entre humanos do que qualquer outra hipótese. Mas isso ainda está a ser avaliado", indicou Mike Ryan.

Mais de 76.000 pessoas realizaram já testes à Covid-19, tanto trabalhadores e clientes do mercado de Xinfandi como residentes nas proximidades.

O mercado foi encerrado e todos os que tenham ligações àquela área estão obrigados a cumprir 14 dias de quarentena.

Foram também definidos postos de controle da doença na capital, bem como decretado o encerramento das escolas.

A pandemia de Covid-19 já causou mais de 431 mil mortos e infetou mais de 7,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço da agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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