Anthony Fauci, o médico epidemiologista que ganhou notoriedade por liderar o combate à covid-19 nos EUA, afirmou, esta quinta-feira, numa conferência de imprensa na Casa Branca, ter voltado a sentir-se livre para falar honestamente sobre ciência e pandemia, sob as ordens da nova administração, chefiada por Joe Biden.
Na conferência, que ocorreu após uma reunião com o novo presidente para o pôr a par das prioridades do combate, Fauci elogiou a vontade da nova administração em ter um discurso “completamente transparente, aberto e honesto”.
"A ideia de que tu podes levantar-te e falar sobre o que sabes, quais são as evidências, o que é a ciência, é um sentimento um tanto libertador”, comparou Fauci.
VIDEO: 🇺🇸 Anthony #Fauci, in his first White House briefing as US President Joe Biden's top Covid-19 adviser, says it is "liberating" that he can talk about "what the evidence, what the science is" without fear of repercussions now that Donald Trump has left office pic.twitter.com/mGMIYPG3Cd
— AFP News Agency (@AFP) January 22, 2021
Sem nunca mencionar o nome de Donald Trump, o especialista admitiu que existiram momentos de “desconforto” e recordou alguns momentos particularmente delicados, como “a questão da hidroxicloroquina”, que não era “baseada em factos científicos”.
O novo presidente dos Estados Unidos já afirmou que vai aumentar a resposta de combate ao vírus a nível federal, aumentado o número de testes e vacinas e tornar obrigatório o uso de máscara em diversos locais, como os edifícios federais e no comércio interestadual.
Descrito pelo próprio presidente como “um esforço em tempo de guerra”, a nova administração tem em mãos a tarefa de alterar o rumo da pandemia no Estados Unidos, numa altura em que a pandemia já infetou mais de 24 milhões de pessoas e matou mais de 405 mil, tornando o país o mais afetado pela pandemia.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos e também com mais casos de infeção confirmados. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.