Britânicos saem às ruas contra projeto de lei que restringe direito de protesto - TVI

Britânicos saem às ruas contra projeto de lei que restringe direito de protesto

  • João Guerreiro Rodrigues
  • 3 abr 2021, 18:18

Opositores do projeto de lei criticam aquilo que afirmam ser um ataque ao direito de protesto e um passo firme em direção ao autoritarismo

Londres e outras 24 cidades no Reino Unido foram este sábado palco de manifestações contra um projeto de lei que, de acordo com os seus críticos, “restringe severamente” o direto de protesto.

O projeto de lei em causa vai tornar mais fácil à polícia banir ou encerrar protestos pacíficos, caso os considerem “demasiado disruptivos” ou que possam “levar à desordem”.

Opositores do projeto de lei criticam aquilo que afirmam ser um ataque ao direito de protesto e um passo firme em direção ao autoritarismo. Entre os alertas deixados pelos críticos está o facto de, tal como se encontra, o projeto de lei abre portas a abusos por parte dos agentes de polícia à paisana, dando demasiado poder às autoridades, em detrimento das liberdades individuais.

“Kill the Bill” (‘matem o projeto de lei’, em português) é o slogan que marca esta vaga de manifestações, que ocorre após as ações “excessivas” da polícia em Bristol, que dispersou com violência três protestos pacíficos contra o projeto de lei, na cidade de Bristol.

Além de Londres, são esperados protestos nas cidades de Aberystwyth, Bath, Birmingham, Bournemouth, Brighton, Bristol, Cambridge, Cardiff, Derby, Exeter, Folkestone, Kendal, Lancaster, Lincoln, Liverpool, Luton, Manchester, Newcastle, Northampton, Norwich, Nottingham, Oxford, Plymouth e Portsmouth.

Depois de vários meses de confinamento, os britânicos voltaram a poder manifestarem-se, desde que as restrições contra covid-19 foram aliviadas por parte das autoridades.

O antigo candidato presidencial do Partido Trabalhista Jeremy Corbyn foi uma das vozes mais importantes a demonstrar o seu apoio para com o movimento, publicando vídeo no Twitter, onde defende que o “direito a protestar é precioso”.

Continue a ler esta notícia