Covid-19: entregador de pizzas deixa 72 famílias em quarentena na Índia - TVI

Covid-19: entregador de pizzas deixa 72 famílias em quarentena na Índia

Pizza

O homem não viajou para o estrangeiro, por isso a origem da infeção é desconhecida, por precaução o restaurante onde trabalha foi encerrado

Pediram pizzas para o almoço ou para o jantar e acabaram obrigados a ter de cumprir quarentena, porque o funcionário que entregou as encomendas está infetado com Covid-19. Porém, o episódio não aconteceu com uma família, mas com 72, em em Malviya Nagar, no sul de Déli, na Índia.

A loja onde o homem trabalhava acabou também por fechar portas, pelo menos durante 14 dias, uma vez que todos os 16 trabalhadores tiveram, igualmente, de ficar em isolamento. É desconhecida, para já, a origem da infeção. O jovem não viajou para o estrangeiro, nem tem conhecimento de contacto com alguém infetado, por isso é provável que o contágio tenha acontecido durante uma entrega.

De acordo com o jornal The Indian Express, a cadeia de restaurantes já garantiu dar total apoio aos funcionários, que vão continuar a receber o salário normal.

Partilhamos informações com as autoridades que vão agora entrar em contacto com todos os clientes que estiveram em contacto indireto com o doente", disse em comunicado a cadeia de restaurantes que garantiu que todos os funcionários cumpriam o protocolo de higiene e segurança, com o uso de máscaras. 

O entregador de pizzas em causa começou a apresentar sintomas no final de março. Até dia 5 de abril, quando a tosse e a fadiga começaram a ficar mais intensas, esteve sempre a trabalhar. Além dos dois hospitais a que foi durante este período, o homem esteve noutra loja do grupo, que foi obrigada a fechar. 

As zonas de Hauz Rani e Malviya Nagar são consideradas zonas de contenção. Ainda assim, a entrega de comida ao domicílio é permitida. 

A Zomato, que tem serviços de entrega na Índia, emitiu um comunicado onde afirma que algumas das encomendas foram feitas através da aplicação. 

Os nossos funcionários arriscam a saúde enquanto prestam serviços essenciais. Acreditamos que nenhum deles continuaria a trabalhar conscientemente se soubesse que estava infetado. Verificamos a temperatura corporal de dezenas de milhares de nossos funcionários todos os dias para garantir que este serviço essencial funciona da maneira mais segura possível", esclareceu a empresa.

A Índia tem já quase 14 mil casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, dos quais resultaram 452 mortos. 

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