Idosa pede para morrer depois de seis meses sem visitas no lar - TVI

Idosa pede para morrer depois de seis meses sem visitas no lar

Idosos

A filha pede que o Governo britânico retome as visitas aos lares, avançando com a testagem de todos os visitantes

Margarita Platt, diagnosticada com alzheimer, está isolada dos familiares desde o início da pandemia e a filha, Jenny Townsend, apela ao Governo britânico que permita as visitas aos lares, testando os visitantes.

Jenny Townsend refere que a mãe, de 82 anos, está em confinamento desde março, num lar em Cheshire, Inglaterra, e perdeu o significado da vida, por causa do isolamento.

Confrontada com o pedido dramático da mãe, Jenny apela ao Governo que cumpra com o prometido e avance com os testes à covid-19 para os visitantes dos lares. Ativistas afirmam que este passo é o que falta para pôr fim à proibição das visitas.

Em entrevista ao Jornal Mirror, Jenny alerta que, sem a medida, muitos idosos passarão o final das suas vidas em isolamento social.

Estima-se que, no início da pandemia, mais de 500 mil indivíduos viviam em lares e que um em cada 25 morreu de coronavírus. Atualmente, um outro perigo emerge, por causa do isolamento e dos efeitos colaterais.

Margarita, está num lar em High Wymcombe e a filha afirma que já não lhe resta muito tempo de vida. O Governo não pode só evitar que os idosos morram de coronavírus, mas também evitar que a solidão e o isolamento os condene.

Aos 82 anos, com três filhas, seis netos e dois bisnetos, Margarita sobreviveu à covid-19 e à pneumonia, mas agora Jenny defende que a mãe não aguenta mais e que os mais velhos não podem continuar isolados das famílias.

A minha mãe mal come ou bebe. Só a poderemos ver quando estiver quase a morrer e eu só quero abraçá-la antes que ela morra.”

No último mês, soube-se que a promessa de realizarem quase dois milhões de testes aos residentes e funcionários de lares foi abandonada. O Mirror refere ainda que Jane Cummings, responsável pelos testes em instituições de assistência social para adultos, disse que a medida estava definida para começar a 6 de julho, mas que a 7 de setembro nem todos os lares estariam abrangidos.

Jenny e a família conseguiram que o lar permitisse visitas de 30 minutos no jardim, separando os residentes dos visitantes por dois metros. À última da hora, a visita foi cancelada, o que provocou ansiedade na idosa.

Margarita, segundo Jenny, já não reconhece onde se encontra, onde está a família e não percebe por que motivo não recebe visitas.

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