Polícia de Ibiza procura “detetives estrangeiros” que gostem de festas - TVI

Polícia de Ibiza procura “detetives estrangeiros” que gostem de festas

Álcool

Ajudantes terão entre 30 e 40 anos e a missão é encontrar ajuntamentos ilegais

Numa altura em que o número de casos de infeções por covid-19 subiu na ilha espanhola de Ibiza, as autoridades estão à procura de estrangeiros que possam ajudar a detetar festas ilegais. A polícia tem tido muita dificuldade em se infiltrar nestes eventos que se realizam, na maioria das vezes, em casas particulares, escreve o The Guardian.

Estes “detetives estrangeiros”, que deverão ter entre 30 e 40 anos, terão como missão infiltrarem-se nas festas ilegais e ajudarem as autoridades a controlar a pandemia. A ilha, conhecida pela vida noturna, atrai há muitos anos turistas de todo o mundo em busca de divertimento.

O número de casos em Ibiza subiu para uma incidência de 1,814 casos por cada 100 mil habitantes e as autoridades estão preocupadas. Quase todos os clubes noturnos e discotecas estão encerrados. Apenas os que têm espaço exterior, onde os consumidores podem estar sentados, estão a funcionar. Tal como os restaurantes e os bares, que permitem a entrada de pequenos grupos.

As autoridades acreditam que as festas ilegais, quase todas realizadas em casas particulares, são responsáveis por esta subida das infeções. Apesar das limitações dos ajuntamentos durante a madrugada e das elevadas multas para quem organizar estes eventos, eles continuam a acontecer. São promovidos nas redes sociais ou, de forma mais discreta, nos locais onde pernoitam os turistas.

E é por isso mesmo, que as autoridades estão em busca de ajuda além-fronteiras, já que os agentes locais são “conhecidos” por todos. “Estas festas não só colocam em causa a ordem pública, como, agora são, um risco para a saúde pública”, defende Mariano Juan, da polícia de Ibiza, em declarações ao Periódico de Ibiza.

No entanto, neste caso, as autoridades e os políticos parecem estar em desacordo. Vicent Torres, porta-voz do partido socialista, que dirige a administração regional da ilha, defendeu que apenas deviam ser apresentadas “ideias com suporte legal” e não “sugestões irresponsáveis com as quais não podem concordar”.

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