Referendo na Grécia “pode fazer sentido” - TVI

Referendo na Grécia “pode fazer sentido”

Alexis Tsipras, Matteo Renzi e Angela Merkel (Reuters)

Vice-chanceler alemão apoia a ideia de Alexis Tsipras, mas com uma condição. Já a oposição grega não gostou

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O vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, considera que o referendo na Grécia sobre o acordo proposto pelos credores, marcado para 5 de julho, “pode fazer sentido".
 
Numa entrevista à rádio alemã, este sábado, Sigmar Gabriel disse esperar que os gregos sejam esclarecidos sobre o que estarão a votar.
 

“Não devemos descartar a sugestão de [Alexis] Tsipras e pensar que é só um truque. Se as questões forem claramente enquadradas… isso fará sentido.”

 
No entanto, o responsável alemão avisou que a Europa está “a oferecer muito” à Grécia e que, por isso, os gregos deverão saber que essa ajuda não chegará sem condições.
 

“É por isso que ele [Tsipras] tem de perguntar aos gregos se eles querem o resgate em troca da adesão a certas medidas que irão levar a Grécia à recuperação.”

 
Entretanto, já este sábado, enquanto o Syriza já faz campanha pelo “não”, o líder do PASOK, Fofi Genimmata, apelou à demissão do primeiro-ministro grego.
 

“Dado que Tsipras é incapaz de tomar decisões responsáveis, ele deveria renunciar e deixar os cidadãos votarem o seu futuro pela via de eleições.”

 
Já o líder da oposição, Antonis Samaras, criticou desde logo o primeiro-ministro por ter convocado o referendo, afirmando que este vai colocar a Grécia em rota de colisão com a Europa. Samaris critica Alexis Tsipras e acusa-o de ser responsável pelo impasse com os credores. 
 

“Tsipras colocou o país num impasse. Entre um acordo inaceitável e uma saída do euro. [O referendo] é um sim ou não à Europa”.

 

Os ministros das Finanças da zona euro reúnem-se este sábado de emergência apesar da convocação do referendo na Grécia.
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