Mãe acusada de matar filha depois de fingir doença terminal - TVI

Mãe acusada de matar filha depois de fingir doença terminal

  • HMC
  • 23 out 2019, 17:46
Mãe acusada de matar filha

Kelly Turner, a mãe de 41 anos, fez uma campanha para recolher doações para pagar os cuidados médicos da filha de sete anos. Agora, é acusada de a matar

Uma mãe que fez campanha para recolher doações para pagar os cuidados médicos da filha de sete anos, que alegadamente tinha uma doença terminal, está a ser investigada pelo seu homicídio, nos Estados Unidos.

Kelly Turner, a mãe de 41 anos, dizia que Olivia, a sua filha mais nova que morreu em 2017, sofria de distúrbios convulsivos e de acumulação de líquidos nas cavidades profundas do cérebro.

Turner foi ainda acusada de outros 13 crimes, incluindo abuso infantil, roubo e fraude.

A acusação revela que foi a mãe que provocou a morte de Olivia e não a alegada doença terminal.

O caso de Olivia suscitou campanhas de solidariedade de polícias que cumpriram o desejo da criança de patrulhar as ruas de Denver com eles. 

A fundação Make-A-Wish, que concretiza sonhos a crianças com doenças terminais, ofereceu à mãe 11 mil dólares (cerca de dez mil euros) para fazer uma festa para Olivia com o tema “morcego princesa ”.

A esquadra de Douglas County, no Colorado, informou que as forças policiais detiveram Kelly Turner num hotel em Denver.

A causa da morte da criança de sete anos ainda não foi revelada, mas as autoridades crêem que a menina tenha morrido de insuficiência intestinal.

Uma autópsia ao corpo de Olivia, feita em 2017, não encontrou indícios de que alguma doença tenha provocado a morte da criança. 

Os inspectores que estão a investigar o caso disseram à Associated Press que Olivia estava a ser alimentada através de um tubo e que, quando deu entrada no Hospital Pediátrico do Colorado em Julho de 2017, os médicos disseram que a menina sofria de uma deficiência nutritiva.

Um médico disse aos inspectores que a mãe quis cancelar os tratamentos médicos porque não queria que a menina sofresse mais. O médico afirmou ainda que a mãe insistiu para que ele assinasse uma ordem a impedir o ressuscitamento de Olivia. 

Segundo a investigação, a criança morreu algumas semanas depois.

Depois de entrevistarem vários médicos, a investigação concluiu que Olivia não tinha uma doença terminal

Em 2018, Kelly Turner levou a outra filha, mais velha que Olivia, ao hospital por causa de “dores nos ossos”, o que levantou suspeitas por parte dos médicos do Hospital Pediátrico do Colorado.

Durante uma entrevista, os inspectores disseram que acreditam que a mãe sofre de síndrome de Munchausen, um distúrbio psicológico no qual os pais ​​buscam atenção pela doença dos filhos e, às vezes, causam-lhes lesões graves.

Durante a investigação, as autoridades separaram Turner da sua filha mais velha para entender se a rapariga se continuava a queixar dos mesmos sintomas. A acusação revelou que desde outubro de 2018 que a filha mais velha não tinha dores.

Turner é ainda acusada de receber cerca de 539 mil dólares (485 mil euros) de um programa financiado pelo governo.

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