Um especialista de direitos humanos da ONU veio questionar o uso desproporcional da força na operação militar de Israel em Gaza nos meses de Dezembro e Janeiro, em que morreram mais de 1300 pessoas.
Richard Falk acusa as tropas do Estado Judaico de atacarem pessoal médico, civis e impedirem a evacuação de feridos, colocando em causa a legalidade da operação.
De acordo com a edição electrónica da BBC, várias organizações têm demonstrado preocupação no que toca a alegados crimes de guerra que terão acontecido na recente operação em Gaza.
Uma organização israelita de defesa dos direitos humanos apresentou, recentemente, um relatório onde dizia que Israel violou a lei internacional e o código de ética, atentando contra a vida de civis não envolvidos nos ataques e impedindo que equipas médicas socorressem as vítimas.
O próprio Comité Internacional da Cruz vermelha alertou para a falha de Israel na sua obrigação de tratar os civis feridos no conflito.
Muitos destes abusos são confirmados em relatos de soldados israelitas publicados na imprensa.
Israel recusou a entrada de Richard Falk nos territórios palestinianos, no passado mês de Dezembro. O governo judaico contestou a imparcialidade do investigador, que chegou a comparar as acções israelitas em Gaza aos crimes de guerra cometidos pelos nazis na II Guerra Mundial.
No seu relatório, por ter sido impedido de entrar na Faixa de Gaza e assim recolher pessoalmente casos concretos de violação dos direitos humanos, o investigador sustenta as suas críticas na legalidade da operação.
O ministro da Defesa israelita, Ehud Barack, que descreve o exército do seu país como o que apresenta os padrões éticos mais elevados do mundo admitiu, em declarações a uma rádio israelita, que os alegados abusos irão ser investigados.
ONU critica invasão de Israel a Gaza
- Redação
- TG
- 23 mar 2009, 19:30
Especialista denuncia ataques a equipas médicas, a civis e impedimento de evacuação de feridos
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