Uma das mais belas praias das ilhas Fiji está atormentada com a recente descoberta de partes de corpos que deram à costa. Em junho, dois pares de pés foram encontrados. Esta semana foi a vez de um casal de turistas neozelandeses encontrar uma cabeça debaixo de rochas junto da costa e enrolada num pano.
A polícia confirmou que as partes de corpos pertencem ao casal russo desaparecido a 16 de junho. Yuriy Shipulin e Nataliya Gerasimova viviam nas Fiji desde 2011, mais precisamente numa quinta em Nausori Highlands.
O jornal The Guardian avançou com a descrição do casal, dizendo que, segundo alguns amigos, o homem era um ex-piloto da força aérea russa, que tinha alguns problemas associados a negócios e a pagamentos não saldados.
Era a primeira vez que ele vivia fora da Rússia e estava a viver de forma esbanjadora, ‘queimando a vela’ dos dois lados”, disse Maxim, um amigo do casal, que viveu uma década nas Fiji.
A comunidade de emigrantes russos organizou buscas na densa floresta que circunda a quinta do casal, mas essa procura mostrou-se inconclusiva.
Foi um dia quente, húmido, empoeirado e cansativo”, escreveu Alla SeaStar no Facebbok, a 21 de junho.
Eu sei que todos querem saber dos resultados das buscas. Sem sorte. Ou quem sabe é sorte não termos encontrado Yura e Natasha. Isso significa e continuaremos a ter esperança e a acreditar em milagres”, acrescenta.
Alguns dias depois das buscas, o carro do casal foi encontrado na praia de Natadola, destrancado e com a chave ainda na ignição. Seguidamente, foram encontradas partes dos seus corpos.
Para evitar a redução drástica do número de visitantes daquela zona, a polícia publicou um comunicado onde pedia aos locais para evitarem discutir em público o assunto do desaparecimento e morte do casal russo.
“Não quero especulações ou rumores infundados sobre o caso, pois serve somente para criar medo desnecessário”, pode-se ler no comunicado.
A praia de Natadola é muito frequentada por turistas e locais. É também lá que se encontram os dois maiores resorts das ilhas Fiji – o Intercontinental e o Yatule. O turismo representa 30% do PIB do país e o número de crimes nas zonas mais visitadas é muito reduzido.