Português assaltou vítima de ataque cardíaco em Manchester - TVI

Português assaltou vítima de ataque cardíaco em Manchester

  • HMC
  • 23 out 2019, 16:23
Polícia britânica

Danilo Furtado, de 35 anos, foi a primeira pessoa a encontrar a vítima de 73 anos caída numa paragem de autocarro em Manchester

Um português assaltou um britânico de 73 anos quando este sofria um ataque cardíaco, no Reino Unido.

Danilo Furtado, de 35 anos, foi a primeira pessoa a encontrar Charles Jackson no chão, com convulsões, junto a uma paragem de autocarro em Manchester. Em vez de o ajudar, tirou-lhe a carteira, o telemóvel e um fio de ouro para comprar droga. Segundo o Daily Mail, Furtado estava sob o efeito de cocaína. 

Os bombeiros disseram que, por causa do assalto, não conseguiram identificar o idoso, que viria a morrer no hospital. Por Jackson não ter com ele a carteira e, portanto, identificação, os socorristas só puderam ligar à família da vítima 14 horas depois do óbito. 

Danilo Furtado já foi deportado duas vezes do Reino Unido e tem outros 32 crimes no cadastro, incluindo um assalto a uma loja, posse ilegal de arma e posse de droga.

O português foi deportado em 2014 e 2017, mas ignorou a sentença e regressou ao Reino Unido. 

Vai agora cumprir uma pena de 20 meses de prisão.

A filha do idoso, Nichola Garton, disse ao Daly Mail que ela e a família foram “impedidas de passar aquelas últimas preciosas horas de vida” com o pai.

O nosso pai podia ter estado consciente no momento em que o assaltante o viu, mas ele tomou a decisão de não o ajudar e, em vez disso, roubar-lhe o fio de ouro, o telemóvel e a carteira”, disse Nichola Garton, afirmado que ficou horrorizada quando soube que o pai chegou ao serviço de urgência como um desconhecido.

Quando chegámos ao hospital, descobrimos que o nosso pai morreu sozinho”, disse a filha do idoso de 73 anos. 

 A polícia apanhou Danilo Furtado depois de este ter vendido o fio de ouro numa loja de penhores por 100 libras (cerca de 116 euros). Furtado tentou ainda usar o cartão de crédito da vítima, mas sem sucesso.

O advogado do assaltante disse a seguir ao julgamento que Danilo acreditava “que a vítima estava bêbada e aproveitou-se da situação para roubar bens valiosos para comprar comida e drogas”.

O advogado concluiu que Danilo “não sabia do estado da vítima” e que sente “remorsos genuínos”.

Durante o julgamento, o juiz Paul Reid disse ao assaltante português que as suas ações foram “vergonhosas, desprezíveis e sem humanidade alguma”. O juiz disse ainda que a vítima estava “a sangrar de uma ferida na cabeça” quando Danilo a assaltou.

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