Um português assaltou um britânico de 73 anos quando este sofria um ataque cardíaco, no Reino Unido.
Danilo Furtado, de 35 anos, foi a primeira pessoa a encontrar Charles Jackson no chão, com convulsões, junto a uma paragem de autocarro em Manchester. Em vez de o ajudar, tirou-lhe a carteira, o telemóvel e um fio de ouro para comprar droga. Segundo o Daily Mail, Furtado estava sob o efeito de cocaína.
Os bombeiros disseram que, por causa do assalto, não conseguiram identificar o idoso, que viria a morrer no hospital. Por Jackson não ter com ele a carteira e, portanto, identificação, os socorristas só puderam ligar à família da vítima 14 horas depois do óbito.
Danilo Furtado já foi deportado duas vezes do Reino Unido e tem outros 32 crimes no cadastro, incluindo um assalto a uma loja, posse ilegal de arma e posse de droga.
O português foi deportado em 2014 e 2017, mas ignorou a sentença e regressou ao Reino Unido.
Vai agora cumprir uma pena de 20 meses de prisão.
A filha do idoso, Nichola Garton, disse ao Daly Mail que ela e a família foram “impedidas de passar aquelas últimas preciosas horas de vida” com o pai.
O nosso pai podia ter estado consciente no momento em que o assaltante o viu, mas ele tomou a decisão de não o ajudar e, em vez disso, roubar-lhe o fio de ouro, o telemóvel e a carteira”, disse Nichola Garton, afirmado que ficou horrorizada quando soube que o pai chegou ao serviço de urgência como um desconhecido.
Quando chegámos ao hospital, descobrimos que o nosso pai morreu sozinho”, disse a filha do idoso de 73 anos.
A polícia apanhou Danilo Furtado depois de este ter vendido o fio de ouro numa loja de penhores por 100 libras (cerca de 116 euros). Furtado tentou ainda usar o cartão de crédito da vítima, mas sem sucesso.
O advogado do assaltante disse a seguir ao julgamento que Danilo acreditava “que a vítima estava bêbada e aproveitou-se da situação para roubar bens valiosos para comprar comida e drogas”.
O advogado concluiu que Danilo “não sabia do estado da vítima” e que sente “remorsos genuínos”.
Durante o julgamento, o juiz Paul Reid disse ao assaltante português que as suas ações foram “vergonhosas, desprezíveis e sem humanidade alguma”. O juiz disse ainda que a vítima estava “a sangrar de uma ferida na cabeça” quando Danilo a assaltou.