Venezuela: quase 1.500 detidos em 21 dias - TVI

Venezuela: quase 1.500 detidos em 21 dias

  • VC
  • 25 abr 2017, 07:08

Contestação política que tem marcado os últimos dias na capital venezuelana já causou pelo menos 24 mortos

O número de pessoas detidas na Venezuela, nos últimos 21 dias, aumentou para 1.486, na sequência dos protestos da oposição contra o Governo do Presidente Nicolas Maduro. 

O diretor da ONG Foro Penal Venezuelano, Alfredo Romero, sublinhou que dos 1.486 detidos, 71 foram formalmente acusados e viram confirmada a prisão, enquanto 801 encontram-se "retidos", a aguardar o desenvolvimento dos processos.

Do total dos detidos, 221 esperam a audiência com um juiz e 149 foram libertados, mas têm que se apresentar regularmente às autoridades.

Ontem pelo menos mais três pessoas foram mortas e 12 outras ficaram gravemente feridas durante manifestações pró e contra o Governo de Maduro.

Os incidentes ocorreram em Barinas e Mérida, no oeste do país, elevando para 24 o número total de vítimas em protestos na Venezuela desde o dia 1 de abril.

Em Mérida, segundo o "Defensor do Povo" (espécie de provedor de justiça), Tarek William Saab, uma pessoa foi baleada mortalmente no tórax quando participava numa concentração pró-governamental no viaduto Campo Elias; enquanto em Barinas foram mortas outras duas que participavam, por seu turno, numa iniciativa convocada pela oposição.

No sábado, milhares de venezuelanos participaram na "marcha do silêncio", convocada pelo partido da oposição Mesa de la Unidad Democrática, com o intuito de prestar homenagem às vítimas mortais dos recentes protestos.

 A aliança opositora voltou a convocou os venezuelanos a realizarem uma nova marcha de protesto "contra o golpe de Estado", desta vez na quarta-feira, a partir de 26 pontos da capital, Caracas.

A convocatória foi anunciada pelo deputado Miguel Pizarro que indicou que a marcha terá três possíveis destinos: a Defensoria do Povo (espécie de procuradoria de justiça), o Conselho Nacional Eleitoral e o Supremo Tribunal de Justiça.

No entanto, segundo explicou aos jornalistas, a escolha final relativamente ao destino da manifestação, que a realizar-se será a 11.ª no espaço de 25 dias, só vai ser anunciada na noite de hoje para "evitar" que o Governo "organize a repressão".

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