Genro de Trump também usou mail para assuntos de Estado como Hillary - TVI

Genro de Trump também usou mail para assuntos de Estado como Hillary

  • VC
  • 25 set 2017, 12:09
Jared Kushner e Donald Trump

Foi o próprio advogado de Jared Kushner que confirmou a notícia avançada pelo Politico. Durante a campanha eleitoral, o presidente norte-americano muito criticou a candidata democrata por tê-lo feito enquanto foi secretária de Estado de Obama

O filme é o mesmo, mas tem com outro protagonista. O conselheiro da Casa Branca e genro de Donald Trump, Jared Kushner, fez exatamente o mesmo que Hillary Clinton e que o agora presidente dos EUA tanto criticou durante a campanha eleitoral: usar uma conta de e-mail privada para assuntos de Estado.

Foi o próprio advogado do marido de Ivanka, Abbe Lowell, que confirmou à CNN a notícia inicialmente avançada pelo Politico. Em comunicado, admitiu "menos de uma centena de e-mails foram enviados ou devolvidos pelo Sr. Kushner a colegas da Casa Branca da sua conta de e-mail pessoal, de janeiro a agosto".

Ora, é de recordar que, durante a campanha eleitoral, Donald Trump criticou por diversas vezes a sua rival Hillary Clinton por ter feito o mesmo quando foi Secretária de Estado de Barack Obama, entre 2009 e 2013.

Quer durante a campanha eleitoral, quer depois de ganhar as eleições e já como Presidente, Trump por várias vezes insinuou que Hillary Clinton devia ser detida, por causa do seu descuido com informação que se supõe confidencial. O departamento de Justiça decidiu lançar um inquerito sobre a investigação que o FBI abriu (e que acabou por ser encerrada sem acusação). 

De que é que o pessoal da Hillary Clinton se queixa em relação ao FBI? Com base na informação que eles tinham, ela nunca deveria ter sido autorizada a candidatar-se. Culpada, como o raio", disse Trump já como presidente, em janeiro.

A própria Hillary Clinton reconheceu que não devia ter acontecido. É que é suposto que a correspondência trocada para efeitos de assuntos de Estado ficar nos arquivos do governo e isso não aconteceu logo.

No caso de Kushner, e segundo o seu advogado, a troca de correspondência por via eletrónica dizia sobretudo respeito a "artigos noticiosos ou comentários políticos reencaminhados e, na maioria das vezes, a troca de e-mails era iniciada pelo envio para a sua conta pessoal, em vez da conta da Casa Branca".

O advogado deixou também a garantia de que que todos os e-mails cujo conteúdo dizia respeito a assuntos da Casa Branca foram reencaminhados para a conta de correio eletrónico profissional.

A lei norte-americana exige que todos os registos da Casa Branca sejam preservados, incluindo e-mails.
 

Continue a ler esta notícia