Supertaça Europeia: Real Madrid-Sevilha, 3-2 a.p. (crónica) - TVI

Supertaça Europeia: Real Madrid-Sevilha, 3-2 a.p. (crónica)

Real Madrid-Sevilha (Reuters)

Cambalhota Real em contrarrelógio

Três Supertaças Europeias consecutivas, três derrotas para o Sevilha. O vencedor recorrente da Liga Europa voltou a cair perante o Real Madrid, tal como aconteceu em 2014 aos pés de Cristiano Ronaldo. Cambalhota merengue em Trondheim (Noruega), em contrarrelógio.

A equipa de Zidane junta assim a Liga dos Campeões à Supertaça Europeia. Um golo de Sergio Ramos ao minuto 93 garantiu o prolongamento e uma obra de arte de Dani Carvajal, o melhor em campo, decidiu a questão ao minuto 119, evitando a lotaria das grandes penalidades.

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Estreia amarga para Jorge Sampaoli no comando técnico do Sevilha. Ainda assim, ficou a boa imagem durante grande parte do encontro

Daniel Carriço foi o único português em campo para a Supertaça Europeia. Cristiano Ronaldo e Pepe ainda não voltaram de férias, Fábio Coentrão recupera de lesão, Beto disse adeus ao Sevilha e regressou a Portugal para representar o Sporting.

Jorge Sampaoli lançou Carriço no onze para um 3x4x3 que deixou os jogadores do Sevilha sem referências habituais em campo e com elevados níveis de ansiedade face à pressão intensa do Real Madrid.

Esse cenário tornou-se demasiado evidente nos minutos iniciais e o novo treinador da formação andaluz corrigiu a tempo, pedindo claramente uma defesa a quatro. Mariano fixou-se como lateral direito, o 4x4x2 passou a ditar leis.

Zinedine Zidane utilizou um onze alternativo, assente na juventude, onde se destacava o reforço Alvaro Morata. Mas seria outra cara nova, o promissor Marco Asensio (no plantel após empréstimo ao Espanhol de Barcelona), a abrir as hostilidades.

O jogador formado no Maiorca colocou um ponto final no marasmo com um remate portentoso ao minuto 21. Asensio, com espaço no corredor central, colocou o pé esquerdo na bola e esta seguiu para o ângulo da baliza do Sevilha. Sergio Rico nem se mexeu.

O golo premiava um Real Madrid que deixava nomes como Modric, James e Benzema no banco mas demonstrava ainda assim maior tranquilidade na abordagem ao jogo. O efeito durou pouco, ainda assim.

Depois de um remate desenquadrado de Mariano, seria Daniel Carriço a lançar as bases para a recuperação. Ganhando a Morata, o português surgiu em posição frontal para arriscar o remate de longe, obrigando Kiko Casilla (Keylor Navas está lesionado) a sacudir em esforço para canto.

O Sevilha ia ganhando confiança, tinha mais bola e ia fazendo pela vida. Fez o suficiente, por exemplo, para chegar ao empate ainda antes do intervalo.

Luciano Vietto, avançado cedido pelo At. Madrid (com Kevin Gameiro a fazer o percurso inverso) apareceu por instantes para cruzar na direita. Vitolo dominou ao centro, procurou espaço para o remate mas seria Franco Vásquez a atirar à baliza, rasteiro e cruzado, fora do alcance de Casilla.

Dois golos com o pé esquerdo para dois estreantes. Franco Vásquez foi contratado pelo Sevilha após longa ligação ao Palermo de Itália.

No início da segunda parte, Sampaoli viu-se obrigado a tirar Daniel Carriço e colocar em campo Rami.

Isco criou uma bela oportunidade de golo, já perto da hora de jogo, mas não disfarçava a falta de criatividade a meio-campo. Zidane lançou Benzema e Modric, sem arriscar, e Jorge Sampaoli inovou com a troca do inconsequente Vietto por Konoplyanka. Em cheio.

Vitolo libertou-se para a frente de ataque e seria o espanhol a garantir uma oportunidade flagrante, ao minuto 71, quando partiu para cima de Sergio Ramos na área e conquistou uma grande penalidade.

Yevhen Konoplyanka, que entrara pouco antes, assumiu a responsabilidade e bateu Kiko Casilla com tranquilidade. Reviravolta completa na Noruega.

O Real Madrid corria agora contra o tempo, Zinedine Zidane recorria finalmente a James Rodríguez mas seria Sergio Ramos a garantir retorno para a pressão final dos merengues. Já em cima do apito final, o central subiu à área contrária para esquecer o penálti cometido e respondeu de cabeça a um cruzamento de Lucas Vásquez.

Jorge Sampaoli via a sua equipa a definhar. O Sevilha deixou escapar a vantagem e ficou reduzido a dez elementos no início do prolongamento, quando Kolodziejczak foi expulso por acumulação de cartolinas amarelas. Pouco depois, já com o Real completamente por cima do jogo, Sergio Ramos bisou após cruzamento de Benzema mas viu o golo ser anulado por pretensa falta sobre Rami.

Sergio Rico procurou manter o Sevilha no jogo, mesmo perante as limitações físicas de Pareja. O guardião conseguiu superar-se a James Rodriguez e Lucas Vásquez mas nada conseguiu fazer quando Daniel Carvajal, o melhor jogador em campo, furou desde a direita até ao coração da área para garantir o triunfo ao cair do pano.

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