A ascensão meteórica do Ostersunds, no futebol sueco, ficou oficialmente manchada nesta terça-feira, com a condenação em tribunal do antigo presidente do clube, por crimes financeiros.
Daniel Kindberg viu-lhe ser aplicada uma pena de prisão de três anos, na sequência de um processo relativo ao desvio de dinheiro dos contribuintes para o clube. O tribunal deu como provado o desvio de cerca de 15 milhões de coroas suecas (cerca de um milhão e quatrocentos mil euros) de uma empresa municipal, da qual Kindberg era CEO, e grande parte dessa quantia terá acabado nos cofres do clube.
Para além do dirigente, condenado por sete crimes, outros dois arguidos foram sentenciados a penas de prisão (dois anos e dois anos e meio). O desfecho do processo, que envolve outras empresas, contempla um valor total de indemnizações a pagar de catorze milhões de coroas suecas (cerca de um milhão e trezentos mil euros).
O Ostersunds subiu do quarto ao primeiro escalão do futebol sueco em apenas quatro anos, entre 2011 e 2015. Em 2017 o clube conquistou mesmo a Taça da Suécia, estreando-se nas provas europeias no ano seguinte (foi eliminado pelo Arsenal nos 16-avos).