Cameron desafia defensores do Brexit a assumirem riscos da saída - TVI

Cameron desafia defensores do Brexit a assumirem riscos da saída

Líderes europeus discutem permanência do Reino Unido na UE (Fotos: Lusa/EPA)

"Não tenho qualquer dúvida de que a única certeza da saída é a incerteza; que deixar a Europa está cheio de riscos", escreveu o primeiro-ministro britânico num jornal publicado neste domingo

O primeiro-ministro britânico desafiou, neste domingo, os defensores da saída do Reino Unido da União Europeia (EU) a admitirem os riscos envolvidos nessa decisão.

Num artigo publicado no Sunday Telegraph, David Cameron considera que os defensores da saída da UE são "extremamente vagos" quando questionados sobre a visão que têm do Reino Unido fora do bloco europeu.

Para o chefe do Governo britânico, não se pode "simplesmente" assegurar "que tudo ficará bem" quando estão em causa postos de trabalho e o futuro do país.

David Cameron questiona várias posições dos defensores do Brexit, como a possibilidade de o Reino Unido continuar a aceder ao mercado único europeu ou a ideia de que o Reino Unido teria mais influência internacional fora da União Europeia, a até sobre o que aconteceria à cooperação europeia a nível de segurança.

"Não tenho qualquer dúvida de que a única certeza da saída é a incerteza; que deixar a Europa está cheio de riscos", escreveu ainda.

O mayor de Londres, o deputado Boris Johnson, também do partido conservador de Cameron, é o principal rosto da campanha pela saída do Reino Unido da UE.

David Cameron marcou para 23 de junho um referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE, após o acordo alcançado com Bruxelas no passado dia 19.

Ao fim de quase 40 horas de negociações, os líderes europeus acordaram em conceder um “estatuto especial” ao Reino Unido, que “responde a todas as preocupações do Reino Unido”.

O acordo prevê que o Reino Unido possa aplicar um "travão de emergência" por sete anos para os benefícios sociais para os recém-chegados e que o abono de família possa ser pago, aos novos habitantes, de acordo com as condições do país onde a criança vive, naquele que é um dos quatro pontos do acordo e o mais polémico.

Continue a ler esta notícia