Socialistas escolhem italiano Sassoli para presidir ao Parlamento Europeu - TVI

Socialistas escolhem italiano Sassoli para presidir ao Parlamento Europeu

  • BC
  • 2 jul 2019, 22:55
Parlamento Europeu (Reuters)

Socialistas Europeus ignoraram indicação de Bruxelas, que apontava para o nome do búlgaro Sergei Stanishev, presidente do Partido Socialista Europeu

O grupo dos Socialistas Europeus escolheu hoje, em Estrasburgo, o italiano David-Maria Sassoli como candidato a presidente do Parlamento Europeu, após o Conselho Europeu ter decidido atribuir aos socialistas a presidência da assembleia na primeira metade do mandato.

Reunidos em Estrasburgo, no dia de inauguração da nona legislatura, o grupo dos socialistas e democratas (S&D) decidiu 'eleger' o italiano, até agora um dos vice-presidentes da assembleia europeia, 'ignorando' a recomendação vinda desde Bruxelas, que apontava para o nome do búlgaro Sergei Stanishev, presidente do Partido Socialista Europeu (PSE).

Apesar de se apresentarem outros três candidatos à presidência da assembleia -- a alemã Ska Keller, pelos Verdes, a espanhola Sira Rego, do Grupo da Esquerda Unitária, e o checo Jan Zahradil, pelos Conservadores e Reformistas Europeus -, é praticamente certa a eleição de Sassoli, dado o acordo alcançado hoje em Bruxelas, no Conselho Europeu, sobre a distribuição dos cargos de topo da UE para o ciclo político 2019-2024.

Face a esse acordo, que prevê que na segunda metade do mandato (ou seja, dentro de dois anos e meio) seja um membro do Partido Popular Europeu a ocupar a presidência do Parlamento Europeu, as bancadas do PPE e do Renovar a Europa (liberais), primeira e terceira maiores dos hemiciclos, não apresentaram candidatos à eleição de quarta-feira.

Ao fim de uma 'maratona' negocial, que se prolongou em Bruxelas ao longo de três dias, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia chegaram hoje a acordo sobre as nomeações para os cargos institucionais de topo, designando a alemã Ursula von der Leyen para a presidência da Comissão Europeia.

O compromisso entre os 28 contempla ainda a nomeação do primeiro-ministro belga em funções, o liberal Charles Michel, para a presidência do Conselho Europeu, do ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, o socialista Josep Borrell, como Alto Representante da UE para a Política Externa e ainda da francesa Christine Lagarde para o Banco Central Europeu.

Não cabendo ao Conselho a responsabilidade da escolha do presidente do Parlamento Europeu, ficou todavia acordado o modelo seguido há muito, de repartição da presidência da assembleia entre as duas maiores famílias políticas.

A eleição terá lugar às 9h00 locais (menos uma em Lisboa), e, para ser eleito, um candidato tem de obter a maioria absoluta dos votos expressos, ou seja, pelo menos 50% mais um, sendo que os votos brancos ou nulos não são tidos em conta para calcular a maioria necessária.

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