Demitido secretário da Cultura do Brasil após alusão ao nazismo - TVI

Demitido secretário da Cultura do Brasil após alusão ao nazismo

  • CE
  • 17 jan 2020, 15:07

Roberto Alvim utilizou parte de um discurso do ex-ministro nazi Joseph Goebbels

O secretário da Cultura do Brasil, Roberto Alvim, será demitido pelo Governo brasileiro esta sexta-feira após parafrasear parte de um discurso do ex-ministro nazi Joseph Goebbels, noticiou a imprensa local.

A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo ou então não será nada”, disse Alvim no vídeo divulgado na conta oficial da Secretaria de Cultura.

Em sua defesa, Roberto Alvim usou a rede social Facebook para dizer que a questão não passava de "uma falácia da esquerda" sobre "uma coincidência retórica" entre as suas afirmações e o discurso do ministro nazi.

O que a esquerda está fazendo é uma falácia de associação remota: com uma coincidência retórica em uma frase sobre nacionalismo em arte, estão tentando desacreditar todo o Prémio Nacional das Artes, que vai redefinir a Cultura brasileira”, escreveu.

Líderes do Congresso brasileiro pediram a demissão do secretário, incluindo o presidente da câmara baixa parlamentar Rodrigo Maia.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Ramos, telefonou para líderes do Congresso e avisou que o porta-voz da Presidência, general Rego Barros, deve anunciar a demissão.

Bolsonaro confirma demissão e repudia ideologias totalitárias

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, divulgou esta sexta-feira uma nota a confirmar a demissão do secretário da Cultura, Roberto Alvim, na qual diz repudiar “ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas”.

Comunico o desligamento de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura do Governo. Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência”, diz o comunicado.

O chefe de Estado brasileiro acrescentou: “Reitero nosso repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas. Manifestamos também nosso total e irrestrito apoio à comunidade judaica, da qual somos amigos e compartilhamos valores em comum”.

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