Casa Branca preocupada com onda de antissemitismo - TVI

Casa Branca preocupada com onda de antissemitismo

Denis McDonough [Reuters]

Depois dos ataques em Paris, a presidência dos Estados Unidos manifestou-se apreensiva com a vaga crescente de antissemitismo no mundo

A presidência dos Estados Unidos manifestou preocupação relativamente a uma onda de antissemitismo na Europa, depois do atentado na sexta-feira contra um supermercado kosher (judaico) que causou a morte de quatro judeus.

«O violento ataque contra a comunidade judaica em França na tarde de sexta-feira (…) foi o último de uma série de incidentes muito preocupantes na Europa e sobretudo no mundo que são o reflexo de uma vaga crescente de antissemitismo», disse na terça-feira o chefe de gabinete da Casa Branca, Denis McDonough.

«Em nome do Presidente (Barack Obama) estou aqui para afirmar a solidariedade da nossa nação para com o povo francês e para com a comunidade judaica em França e no mundo, para condenar veementemente os ataques violentos da semana passada» contra o jornal Charlie Hebdo e contra um supermercado judaico em Paris, acrescentou o responsável norte-americano.

Denis McDonough falava perante centenas de pessoas reunidas numa sinagoga em Washington para uma homenagem às vítimas dos atentados na capital francesa, que causaram 20 mortos, incluindo atacantes.

A cerimónia em que se expressaram representantes do Governo, do Congresso e o embaixador de França, Gérard Araud, foi organizada pela American Jewish Committee, uma associação da comunidade judaica norte-americana, considerada a maior do mundo a seguir a Israel com entre 4,5 milhões e 5,7 milhões de norte-americanos judeus.

Obama foi criticado por não ter ido à histórica marcha contra o terrorismo que decorreu no domingo em Paris, após os atentados perpetrados por ‘jihadistas’ em França na semana passada, e que contou com a participação de vários líderes políticos mundiais.

Na segunda-feira, a Casa Branca pediu abertamente desculpa por não ter sequer enviado um alto responsável, como o secretário de Estado, John Kerry.
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