"As princesas têm pelos": uma hashtag e um grito contra o estigma - TVI

"As princesas têm pelos": uma hashtag e um grito contra o estigma

Jovem francesa cria movimento "As princesas têm pelos".

Adolescente criou a hashtag #LesPrincessesOntDesPoils após ter sido gozada na escola por não fazer a depilação. O movimento ganhou elevadas proporções e muitas pessoas cederam ao pedido da jovem para publicarem fotos das axilas e das pernas com pelos

A depilação volta a dar que falar. Adele Labo é uma jovem francesa que, com apenas 16 anos, criou a hashtag "#LesPrincessesOntDesPoils" ("As princesas têm pelos"), após ter sido gozada na escola por não fazer a depilação.  

Junto com a hashtag, a jovem partilhou imagens das axilas e das pernas não depiladas, incentivando outras mulheres a fazerem o mesmo, com o objetivo de lutar contra o preconceito de pelos no corpo feminino.

 

 

Adele Labo disse ter “sofrido muito” na escola, por se ter recusado a fazer a depilação.

Eu acho que a sociedade estigmatiza as mulheres, há uma pressão enorme sobre os pelos do corpo da mulher”, disse Adele citada pelo The Guardian.

Enquanto muitos utilizadores elogiaram a iniciativa da adolescente, outros insultaram-na devido ao facto de as imagens serem “repugnantes”, apelidando quem as publicou de “feministas radicais”.

Os homens também reagiram no Twitter. Houve homens que publicaram fotografias de partes do corpo com muitos pelos e outros optaram por colocar imagens dos animais.

 

 

A adolescente apenas defende que cada um deve escolher livremente a forma como quer tratar o corpo.

A depilação já vem da década de 20 do século passado, quando a marca Gillette vendeu a primeira lâmina para as mulheres, em 1915, declarando que era “feio” as mulheres terem pelos no corpo. 

Durante as décadas de 70 e 80, alguns movimentos lutaram contra a depilação em favor da liberdade e do desprendimento com os bens materiais. 

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