As vítimas mortais do descarrilamento de comboio em Espanha - TVI

As vítimas mortais do descarrilamento de comboio em Espanha

Uma das vítimas mortais é o maquinista, de nacionalidade portuguesa. Há ainda dois espanhóis e um norte-americano entre os mortos. O comboio que descarrilou esta sexta-feira perto da estação de O Porriño, em Pontevedra, fazia a ligação entre Vigo e a cidade do Porto

As quatro pessoas que morreram na sequência do descarrilamento de um comboio luso-espanhol na Galiza, esta sexta-feira, são de nacionalidade portuguesa, espanhola e norte-americana, como confirmou o presidente da Comboios de Portugal (CP), Manuel Queiró. Há mais de 40 feridos e três são portugueses. O comboio era operado de forma mista pela CP e pela sua congénere espanhola, a Renfe.

Uma das vítimas mortais é o maquinista, português, que terá 45 anos.

Dois funcionários da Renfe também morreram no acidente. Um dos funcionários é o revisor do comboio, de nacionalidade espanhola, que terá 55 ou 56 anos de idade. O outro é um maquinista espanhol, de 24 anos, natural de Vigo. O jovem viajava no comboio como passageiro e ainda foi transportado para o hospital, após o acidente, mas acabou por falecer.

Há ainda um turista norte-americano entre as vítimas mortais. O indivíduo teve que ser desencarcerado pelos bombeiros, segundo escreve o jornal La Voz de Galicia.

Além das quatro vítimas mortais já confirmadas, há registo de 47 feridos, sete com gravidade. Há três portugueses entre os feridos, confirmou o presidente da Comboios de Portugal.

No comboio seguiam passageiros de várias nacionalidades: 26 espanhóis, seis norte-americanos, três portugueses, dois brasileiros, dois uruguaios, um britânico, um alemão, dois argentinos, um chileno.

O comboio que descarrilou esta sexta-feira perto da estação de O Porriño, em Pontevedra, tinha 63 pessoas a bordo e fazia a ligação entre Vigo e a cidade do Porto. O acidente ocorreu por volta das 9:30, hora local, (menos uma hora em Lisboa) e o comboio tinha chegada prevista à estação de Campanhã, no Porto, às 10:18.

Além das quatro vítimas mortais já confirmadas, há registo de 47 feridos, sete com gravidade. Há três portugueses entre os feridos, confirmou o presidente da Comboios de Portugal. Segundo o vice-cônsul de Portugal na Galiza, Manuel Correia da Silva, dois já tiveram alta hospitalar.

O presidente da Junta da Galiza (Governo regional), Alberto Feijóo, admitiu que pode existir uma quinta vítima mortal, ainda encarcerada. O responsável galego, que falava aos meios de comunicação social no local do acidente, disse ter informações dos bombeiros que trabalham no local que pode existir uma quinta vítima mortal encarcerada na composição acidentada.

O comboio era luso-espanhol, como confirmou o presidente da Comboios de Portugal (CP), Manuel Queiró, e circulava na linha conhecida com o nome “Celta”, inaugurada em 2011.

Manuel Queiró deslocou-se ao local do acidente e, em declarações aos jornalistas, descartou a possibilidade de falha humana ou do material circulante. O presidente da CP adiantou que as causas estão "ainda por apurar", mas salientou que o comboio que descarrilou "estava em perfeitas condições" e que o maquinista "era experiente".

Segundo o ministro do Fomento de Espanha, Rafael Catalá, a linha em causa estava em obras perto da estação de O Porriño, pelo que o comboio teve de ser desviado para uma linha secundária que obrigava a uma redução na velocidade" da composição, que circulava com três carruagens.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, informou, durante esta tarde, no local do acidente, que 12 dos feridos continuam hospitalizadas, mas sem perigo de vida.

"O importante agora é que as pessoas feridas recuperem com a celeridade possível e que se possa restabelecer a circulação [ferroviária] com a maior celeridade."

O líder do Governo espanhol apresentou ainda condolências aos familiares das quatro vítimas mortais, entre as quais um português, que era o maquinista do comboio.

Agradeceu também às organizações de socorro, que "em 12 minutos" já estavam no local.

Rajoy disse ainda esperar que a investigação ao acidente "diga exatamente o que aconteceu e quais foram as causas".

 

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