As autoridades indianas elevaram esta segunda-feira para 142 o número de mortos na sequência do descarrilamento de um comboio no domingo, o pior acidente ferroviário do país desde 2010.
O balanço pode ainda ser maior e será difícil a tarefa de identificar todas as pessoas, particularmente aquelas cujos corpos estavam gravemente danificados”, disse uma fonte do governo local à agência AFP sob a condição de anonimato.
As autoridades indianas anunciaram que as operações de busca por sobreviventes terminaram.
Os sobreviventes procuraram os familiares que estavam no comboio em conjunto com centenas de polícias e militares que foram destacados para a zona, onde as unidades de salvamento tentavam desencarcerar os vagões que descarrilaram para retirarem possíveis sobreviventes.
As causas do acidente ainda não foram apuradas. Os 14 vagões do expresso Indore-Patna saíram dos carris perto da cidade de Kanpur, no Estado de Uttar Pradesh (norte), cerca das 03:00 de domingo (21:30 de sábado em Lisboa), numa altura em que a maior parte dos passageiros dormia.
A rede ferroviária indiana é a quarta mais longa do mundo, com 65 mil quilómetros.
Governo português exprime “sinceras condolências”
O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, expressou em nome do Governo português “sinceras condolências” pelo acidente, numa carta dirigida à sua homóloga Sushma Swaraj.
“Desejo expressar, em meu nome pessoal e em nome do Governo português, as nossas sinceras condolências pelo descarrilamento ferroviário ocorrido ontem, perto da cidade de Kanpur, no Uttar Pradesh, e pela trágica perda de vidas que causou”, refere-se no texto.
Na carta enviada à chefe da diplomacia indiana, Santos Silva sublinha ainda que o seu ministério e o Governo estão “profundamente consternados por esta ocorrência”, e transmite os "mais sinceros sentimentos às famílias enlutadas, ao Governo indiano e a todo o Povo da Índia", desejando ainda "rápida recuperação" dos feridos.