O ex-governador do estado de Massachusetts Deval Patrick anunciou esta quinta-feira a sua entrada na corrida presidencial dos EUA pelo Partido Democrata, engrossando a longa lista de candidatos a derrotar o presidente em exercício, Donald Trump.
Patrick fez história ao tornar-se o primeiro governador negro do estado de Massachusetts, tem laços estreitos com o ex-presidente Barack Obama e acesso fácil à sua rede de consultores políticos.
No lado das desvantagens, os analistas apontam a previsível dificuldade em angariar recursos financeiros, por causa da sua chegada tardia à corrida presidencial, para uma campanha eleitoral que, tradicionalmente, é muito dispendiosa.
O aparecimento de Deval Patrick acontece uma semana depois de o bilionário e ex-‘mayor’ de Nova Iorque Michael Bloomberg admitir também candidatar-se, num sinal de que os democratas podem não estar suficientemente tranquilos com os 17 candidatos que estão atualmente no terreno (e que já chegaram a ultrapassar as duas dezenas).
Pare! Já temos candidatos suficientes”, foi como reagiu Kathy Sullivan, membro da direção do Partido Democrata, perante a notícia de novos candidatos nas primárias.
A maioria das pessoas já escolheu os seus candidatos”, acrescentou Gilberto Hinojosa, presidente do partido no Texas, referindo-se às dificuldades que os novos nomes terão em se afirmar na corrida presidencial.
As sondagens dizem que os três candidatos mais bem posicionados para as primeiras eleições primárias – que ocorrem já em fevereiro, no Iowa e no New Hampshire – são os progressistas Elizabeth Warren e Bernie Sanders e o mais moderado Joe Biden, ex-vice-Presidente de Barack Obama.
Por partilhar as ligações a Obama com Deval Patrick, será Joe Biden o candidato que mais poderá temer a entrada em cena do ex-governador de Massachusetts.
Por outro lado, Patrick diz que se apresenta como uma ponte entre as fações moderadas, liberais e progressistas, entrando em competição direta, neste campo, com os candidatos Peter Buttigieg, Kamala Harris e Cory Booker.
Deval Patrick ainda não decidiu se já entrará nos boletins de voto do Iowa, New Hampshire, Nevada e Carolina do Sul ou se saltará esta primeira etapa, para se concentrar na chamada “Super terça-feira”, em março, quando os candidatos democratas disputam a vitória num elevado número de estados.