O Dia Internacional da Mulher está a ser assinalado, esta quinta-feira, com manifestações pela igualdade real da mulher, um pouco por todo o mundo. Estão previstos protestos em 177 países.
Em Espanha, os primeiros protestos começaram à meia noite e, além das 120 manifestações organizadas um pouco por todo o território, haverá mesmo uma greve de 24 horas ao trabalho.
A paralisação, que tem dado muito que falar, foi convocada por dez sindicatos para exigir que a igualdade entre homens e mulheres, que está determinada pela lei, seja real e efetiva.
O Ministério dos Transportes espanhol já anunciou que, por causa da greve e da ausência de funcionárias, prevê-se o cancelamento de 300 comboios durante o dia hoje. O metro de Madrid também já fez saber que são esperadas perturbações na circulação.
Os grupos e associações feministas do país também pediram às mulheres que façam “greve” às lides domésticas, alertando que, segundo os estudos internacionais, as mulheres trabalham o dobro dos homens em tarefas domésticas.
Em Portugal, o movimento feminista Rede 8 de Março convocou uma manifestação para Lisboa, do Terreiro do Paço ao Rossio, e outra para o Porto, na Praça dos Poveiros.
As paralisações feministas do 8 de março invocam um acontecimento na Islândia que se tornou exemplo de luta para as mulheres em todo o mundo.
Foi a 24 de outubro de 1975 que as islandesas decidiram que não iam trabalhar e saíram à rua para exigir igualdade. Mais de 90% das mulheres apoiou a iniciativa e o país parou: escolas, fábricas, lojas fechadas.
A greve foi um sucesso e abriu portas para que, cinco anos depois, Vigdis Finnbogadottir, uma mãe divorciada, conquistasse a presidência do país e se tornasse na primeira mulher presidente da Europa.