A cerimónia de posse foi realizada no Senado, a câmara alta parlamentar, em Brasília.
Foi o presidente do Senado, Renan Calheiros, que anunciou Michel Temer, o qual de seguida leu o juramento em que promete defender a Constituição e a independência do Brasil.
A curta cerimónia no plenário do Senado contou com a presença de deputados, senadores, ministros, militares e magistrados. Entre os convidados de honra, estavam os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Oito minutos após o início das formalidades, Temer foi empossado e prestou o juramento no qual prometeu cumprir a Constituição.
Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil", declarou Temer, com a mão sobre a Constituição brasileira.
A sessão decorreu poucas horas após a destituição de Dilma Rousseff. Com 61 dos 81 senadores a votarem pelo impeachment, a primeira mulher presidente do Brasil foi a terceira chefe de Estado a enfrentar um processo de afastamento do cargo para o qual fora eleita: em 1953, Getúlio Vargas conseguiu manter-se no poder; em 1992, Collor de Mello renunciou antes da votação.
Entretanto, através dos seus defendores, Dilma Rousseff já fez saber que vai recorrer da decisão.
Vamos impetrar, possivelmente hoje [quarta] ou amanhã [quinta], uma primeira ação, sem prejuízo a uma outra ação que será proposta na sexta ou na segunda”, afirmou o ex-ministro José Eduardo Cardozo, advogado de defesa de Dilma Rousseff, citado pelo G1.
O defensor da ex-presidente vai mais longe e classificou o dia da destituição como “um dia triste para a democracia”, porque Dilma é "uma presidente da República afastada do seu cargo sem nenhum fundamento, sem crime de responsabilidade".