Quase 14 milhões encontrados em apartamento usado por ex-ministro do Brasil - TVI

Quase 14 milhões encontrados em apartamento usado por ex-ministro do Brasil

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  • 6 set 2017, 08:44
Maior apreensão em dinheiro vivo no Brasil em apartamento do ex-ministro Geddel Vieira Lima

Malas e caixas encontradas pela polícia, em Salvador, representam a maior apreensão em dinheiro vivo no país. Ao que tudo indica, pertencem a Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Michel Temer acusado de obstrução à justiça e que se encontra em prisão domiciliária

A polícia brasileira informou esta quarta-feira que encontrou o equivalente a mais de 13,7 milhões de euros num apartamento, alegadamente usado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, em Salvador, a maior apreensão em dinheiro vivo no Brasil.

Este político, que foi ministro do governo do presidente Michel Temer, com quem mantém uma amizade antiga, é acusado de tentativa de obstrução à Justiça em investigações de supostos desvios de dinheiro público, e encontra-se atualmente em prisão domiciliária.

No final da contagem do dinheiro, a polícia do país sul-americano anunciou que as malas e caixas encontradas no apartamento continham mais de 42,6 milhões de reais (cerca de 11,4 milhões de euros) e outros 2,7 milhões de dólares americanos (2,3 milhões de euros).

Geddel Vieira Lima já foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) do Brasil de realizar manobras para dificultar as investigações sobre esquemas de corrupção no banco estatal brasileiro Caixa Económica Federal e de desviar recursos de um fundo de investimento dessa instituição.

Até novembro do ano passado, era ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer, mas foi forçado a renunciar devido a fortes pressões decorrentes de suspeitas de que havia incorrido no suposto crime de tráfico de influência.

As autoridades policiais do Brasil explicaram que descobriram este apartamento, supostamente utilizado por Geddel Vieira Lima como "bunker" para armazenamento de dinheiro vivo, graças a informações recolhidas nas investigações da operação Cui Bono, um desdobramento da Lava Jato.

Os valores apreendidos serão transportados para um banco onde será contabilizado e depositado em conta judicial.

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