Parlamento Europeu pede revogação das sentenças dos ativistas angolanos - TVI

Parlamento Europeu pede revogação das sentenças dos ativistas angolanos

Presidente da subcomissão de Direitos Humanos expressa a sua “profunda preocupação” com os 17 ativistas angolanos condenados a penas entre os dois e os oito anos de prisão

A presidente da subcomissão de Direitos Humanos do Parlamento Europeu expressou a sua “profunda preocupação” com os 17 ativistas angolanos condenados, reclamando uma revogação das sentenças e a prestação urgente de “cuidados médicos adequados”.

“Em primeira instância, insto veementemente as autoridades angolanas a providenciar urgentemente cuidados médicos adequados a todos os 17 detidos e em particular a dois dos ativistas condenados, Nito Alves e Nuno Dala, que estão em condições críticas”, afirmou a presidente da subcomissão parlamentar, a socialista espanhola Elena Valenciano, numa declaração divulgada pelo Parlamento Europeu.

Valenciano reclamou igualmente “que as suas sentenças sejam revogadas e que (os ativistas) sejam libertados sem mais demoras”.

O tribunal de Luanda condenou, a 28 de março, a penas entre dois anos e três meses e oito anos e seis meses de prisão efetiva os 17 ativistas angolanos julgados por coautoria de atos preparatórios para uma rebelião.

Foram igualmente condenados por associação criminosa pelo tribunal.

No caso do 'rapper' Luaty Beirão a pena, em cúmulo jurídico também por falsificação de documentos, foi de cinco anos e seis meses de cadeia. O luso-angolano não compareceu na sala de julgamento por se ter recusado a ser revistado.

Segundo o jornal Rede Angola, Domingos da Cruz cumprirá a pena mais pesada, oito anos e seis meses de cadeia.

Nuno Dala, Sedrick de Carvalho, Nito Alves, Inocêncio de Brito, Laurinda Gouveia, Fernando António Tomás “Nicola”, Afonso Matias “Mbanza Hamza”, Osvaldo Caholo, Arante Kivuvu, Albano Evaristo Bingo -Bingo, Nelson Dibango, Hitler Jessy Chivonde e José Gomes Hata foram condenados quatro anos e seis meses de prisão.

Já Rosa Conde e Jeremias Benedito foram condenados a dois anos e três meses de prisão.

Segundo a acusação, ficou provado que os encontros organizados pelos ativistas não serviam apenas para ler livros e discutir política, mas também para planear atos de rebelião.

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