Portugal dá 30 mil euros para apoiar quem foge do Estado Islâmico - TVI

Portugal dá 30 mil euros para apoiar quem foge do Estado Islâmico

ESTADO ISLÂMICO (REUTERS)

«Desta forma, contribuindo para a proteção dos refugiados, estamos a ajudar indiretamente na luta contra o Estado Islâmico»

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Portugal doou 30 mil euros ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, para apoio às pessoas que fogem do movimento extremista Estado Islâmico na Síria e no Iraque, disse à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros.

«Desta forma, contribuindo para a proteção dos refugiados, estamos a ajudar indiretamente na luta contra o Estado Islâmico», disse à Lusa Rui Machete em Nova Iorque à margem da 69.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas.

O chefe da diplomacia portuguesa adiantou que a ajuda tinha sido prometida em agosto, durante uma reunião de emergência de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.

Rui Machete afirmou que Portugal «não vai por tropas no terreno, porque não são essas as características das forcas armadas portuguesas, mas vai continuar a apoiar esta luta em termos de transporte, armamento e em outras questões político-diplomáticas».

O ministro defendeu que o Centro Norte-Sul, organismo do Conselho da Europa com sede em Lisboa, pode ser um instrumento fundamental na luta contra a ameaça do Estado Islâmico.

«A questão mais importante, e, porventura, mais difícil, é a da conquista das mentes. Temos de demonstrar a ilegitimidade da ideologia que defendem, sobretudo através do desmentido das autoridades islâmicas", explicou o ministro, defendendo que "o centro (Norte-Sul) pode funcionar como um mecanismo de diálogo intelectual, organizando colóquios e financiando estudos a esse nível»

«A cultura não é apenas a música e a literatura, mas uma conceção da vida e um conjunto de valores que são apreciados, aceites e incorporados na nossa maneira de pensar e agir, que conduz pessoas, povos e estados, e tudo isso se revela muito importante em relação ao Estado Islâmico», acrescentou.

Rui Machete afirmou ainda que «o Estado Islâmico constitui uma ameaça muito grave à liberdade e dignidade humanas, que tem de ser combatida em aspetos militares, mas também, no que diz respeito às mentes das pessoas».
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