OMS e Unicef investem em medicamentos para crianças - TVI

OMS e Unicef investem em medicamentos para crianças

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Fundação Bill e Melinda Gates doou 7,5 milhões de euros para esta campanha

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A Organização Mundial de Saúde e a Unicef vão aplicar 7,5 milhões de euros na resolução do problema da falta de medicamentos concebidos e formulados especificamente para crianças, noticia a Lusa.

«Em mais de 50 por cento dos casos, os medicamentos prescritos para crianças ou não foram desenvolvidos especificamente para elas ou não têm eficácia e inocuidade garantidas nessa utilização», alerta a OMS num comunicado em que informa ter recebido 7,5 milhões de euros da Fundação Bill e Melinda Gates para colaborar com UNICEF neste problema.

Segundo o comunicado, numerosas crianças não têm acesso a tratamentos essenciais por falta de medicamentos doseados ou formulados para uso pediátrico, ou porque os existentes não estão disponíveis ou são demasiado caros.

Nas palavras de Carissa Etienne, subdirectora geral da OMS, «as crianças sofrem e morrem de doenças que podemos tratar, e no entanto não dispomos de dados factuais essenciais para disponibilizar medicamentos adaptados, eficazes e acessíveis que as poderiam salvar».

O subsídio concedido à OMS destina-se a apoiar trabalhos essenciais de investigação para determinar as apresentações correctas dos medicamentos para uso pediátrico, elaborar guias posológicos e estabelecer directivas para os ensaios de medicamentos, o tratamento e a utilização em crianças.

Em todo o mundo, mil crianças de menos de cinco anos morrem por hora, 17 por cento das quais causadas por doenças diarreicas. Neste caso, o tratamento óptimo consiste em administrar zinco e sais de re-hidratação oral. No entanto, um estudo recente mostrou que, de todos os medicamentos pediátricos, o zinco é o menos disponível e, quando existe, não está homologado para tratamento das diarreias.

Cabe então aos farmacêuticos preparar as doses adequadas, mas o zinco sabe mal e é difícil de administrar, sendo que para reduzir a mortalidade neste domínio tornam-se necessárias formas farmacêuticas fáceis de utilizar, agradáveis ao gosto e adaptadas, sublinha a OMS.
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