Britânicos apostam que Trump não cumpre um ano como presidente - TVI

Britânicos apostam que Trump não cumpre um ano como presidente

Apostas

Entre as múltiplas ofertas, jogadores podem ainda apostar se o chefe de Estado será alvo de um processo de "impeachment" ou se a visita ao Reino Unido será cancelada

Ainda não passaram duas semanas desde que Donald Trump tomou posse como 45º presidente dos Estados Unidos mas já se fazem apostas relativamente à sua continuidade no cargo. Depois da polémica a propósito do decreto presidencial que limita a entrada de refugiados e migrantes em território norte-americano, centenas de britânicos estão a apostar que o republicano não vai continuar na Casa Branca além de 2017.

Por cada libra apostada, casas como a Ladbrokes estão a pagar quatro libras (quase cinco euros), na eventualidade de Trump ser substituído ainda este ano.

"É incrível a quantidade de pessoas que estão a apostar", referiu Matthew Shaddick em declarações à agência Reuters. De acordo com este dirigente da Ladbrokes, os britânicos apostam sobretudo que Trump é substituído este ano, será alvo de um processo de "impeachment" ou apresentará a demissão durante o mandato. Das várias centenas de pessoas que foram a jogo, cada uma terá apostado qualquer coisa como 25 libras (cerca de 29 euros), garantiu Shaddick.

Nas lojas da Ladbrokes em território britânico existem múltiplas ofertas para os jogadores, tais como se o presidente norte-americano irá cumprir dois anos de mandato, se visitará a Rússia este ano ou se a ida ao Reino Unido será cancelada.

É precisamente esta deslocação oficial que tem estado sob alvo de contestação. Apesar de mais de milhão e meio de pessoas terem assinado uma petição no site do Parlamento britânico contra a visita, Theresa May, primeira-ministra britânica, manteve o convite.

Os Estados Unidos são um aliado próximo do Reino Unido. Trabalhamos juntos em diversas áreas de interesse mútuo e temos uma relação especial entre nós (...). Convidei o presidente Trump para uma visita de estado ao Reino Unido e esse convite mantém-se", afirmou May numa conferência de imprensa conjunta com Enda Kenny, chefe do governo da Irlanda.

Os deputados do Parlamento britânico irão debater a petição no próximo dia 20 de fevereiro. A esta contestação, juntaram-se protestos contra o decreto presidencial para a imigração. Milhares de britânicos saíram à rua nos últimos dois dias em cidades como Manchester, Cardiff, Glasgow ou Edimburgo. Outras multidões concentraram-se perto de Downing Street, residência oficial da primeira-ministra.

As apostas sobre a continuidade de Trump ultrapassam os jogos e azar. John Dean, antigo conselheiro de Richard Nixon na Casa Branca, já avisou que a postura do atual presidente "vai acabar em calamidade".

Em causa está a forma como Trump dispensou Sally Yates, a procuradora-geral que ordenou o Departamento de Justiça a não defender o decreto presidencial para a imigração. No Twitter, Dean escreveu que nunca tinha lido "um comunicado da Casa Branca tão promíscuo como o ataque de Trump à procuradora-geral em funções, Sally Yates".

Em comunicado, a Casa Branca tinha acusado Yates de "ter traído o Departamento de Justiça ao recusar uma ordem legal feita para proteger os cidadãos dos Estados Unidos", justificando a decisão de dispensar a procuradora-geral por ser "pouco firme nas fronteiras e muito pouco firme na imigração ilegal".

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