Contra a opinião dos especialistas, Trump quer aliviar medidas de contenção até à Páscoa - TVI

Contra a opinião dos especialistas, Trump quer aliviar medidas de contenção até à Páscoa

O presidente norte-americano quer o país "pronto a andar" daqui a menos de três semanas. Esta terça-feira, a Organização Mundial de Saúde alertou que os Estados Unidos correm o risco de se tornarem o epicentro da pandemia de Covid-19

O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, voltou a manifestar a sua intenção de aliviar as atuais medidas de contenção devido ao novo coronavírus. 

Entrevistado pela estação televisiva Fox News, Trump afirmou que “gostava que o país estivesse aberto e pronto a andar até à Páscoa”. Uma meta para daqui a menos de três semanas e que contraria a opinião dos principais especialistas em saúde pública. “Penso que é possível, porque não?”, acrescentou Trump.

O presidente dos EUA sinalizou mesmo que as medidas seriam aliviadas em breve. “Dei duas semanas. Podemos distanciar-nos socialmente e trabalhar”, referiu.

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, também acompanhou Trump na entrevista e reforçou os planos da Administração.

Vamos focar-nos naqueles que são mais vulneráveis, mas colocar a América de volta também será uma prioridade em semanas, não meses”, afirmou Pence.

Durante a entrevista, Trump voltou igualmente a comparar os efeitos do novo coronavírus aos da gripe e ainda aludiu aos acidentes de automóvel para concluir que, apesar do elevado registo de vítimas mortais, essa realidade não conduz à interrupção da produção de veículos. Esta análise em particular, à semelhança das referências à gripe comum, tem sido repetida nos últimos dias por comentadores da imprensa conservadora, mais alinhada com a atual Casa Branca.

Esta terça-feira, a Organização Mundial de Saúde alertou que os Estados Unidos correm o risco de se tornarem o epicentro da pandemia de Covid-19, devido ao rápido aumento do número de infetados naquele país, particularmente na cidade de Nova Iorque. O país já registou 600 mortos e 50.000 infetados devido à pandemia de Covid-19.

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