O último abraço à família antes de ser deportado - TVI

O último abraço à família antes de ser deportado

  • JFF
  • 17 jan 2018, 11:48
Jorge Garcia despediu-se da mulher e dos dois filhos no aeroporto de Detroit

Jorge Garcia chegou aos Estados Unidos com os pais, quando ainda tinha 10 anos. Após várias tentativas de legalização, acabou por ser deportado para o México, deixando a mulher e os dois filhos

Um homem, natural do México, foi deportado dos Estados Unidos da América, onde vive com a família há quase 30 anos.

Jorge Garcia foi assim obrigado a deixar a mulher e os dois filhos adolescentes em Lincoln Park, Michigan, nesta segunda-feira, por ser demasiado velho para ser incluído no programa DACA, que defende os filhos de imigrantes indocumentados da deportação.

Jorge deixou o México com a sua família quando tinha apenas 10 anos, em busca do “sonho americano”.

De acordo com o The Washington Post, o homem enfrentava ordens de saída do país dos tribunais de imigração já desde 2009, mas a deportação ficou suspensa durante o governo de Obama. Agora, sob a administração de Donald Trump, a família não conseguiu mais adiar a situação.

A deportação começou a tornar-se ainda mais real para Jorge Garcia no ano passado, quando foi informado de que teria de deixar os EUA em novembro. O prazo acabou por ser estendido até esta segunda-feira.

“Nós não quisemos sequer montar a árvore de Natal porque estávamos demasiado tristes para isso. Nós sabíamos que ele iria eventualmente embora. Tudo o que podíamos fazer era criar memórias”, afirmou a mulher, Cindy Garcia, ao The Detroit News.

A despedida da família no aeroporto de Detroit emocionou quem assistiu e causou bastante indignação nas redes sociais.

 

De acordo com a mulher, citada pelo The Detroit News, o marido não será autorizado a regressar aos EUA durante um período aproximado de 10 anos, mas prometeu continuar a lutar.

A dimensão da deportação de Jorge Garcia deixou o público presente no aeroporto emocionado com a despedida da família que agora vai viver separada.

“Nenhumas palavras conseguem expressar a dor. O Jorge era uma criança quando veio. Ele não escolheu isto”, lamentou Mayra Valle, amiga da família.

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