Mais de 800 refugiados autorizados a entrar nos EUA esta semana - TVI

Mais de 800 refugiados autorizados a entrar nos EUA esta semana

Donald Trump ao telefone

Refugiados considerados “em trânsito” receberam autorização para entrar nos EUA antes de Trump decretar a medida polémica que suspende a entrada de refugiados e de cidadãos de sete países muçulmanos. A ordem executiva do presidente foi, entretanto, contestada pela procuradora-geral dos EUA

O governo dos EUA autorizou a entrada de 872 refugiados no país até ao final da semana, uma exceção à ordem executiva decretada pelo presidente Donald Trump, que suspendeu a entrada de refugiados e de cidadãos de sete países nos próximos três meses.

Segundo a agência Reuters, que cita um documento do Departamento de Segurança Interna dos EUA, os refugiados considerados “em trânsito” receberam autorização para entrar nos EUA. São pessoas que já tinham passado pelo processo de seleção, antes de Trump decretar a suspensão.

O documento não adianta, contudo, a nacionalidade dos refugiados que vão ser admitidos e se existirão outras exceções.

Desde que Trump proibiu a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos, na passada sexta-feira, mais de 300 pessoas com vistos foram impedidas de viajar para os Estados Unidos e outras 200 desembarcaram no país, mas viram ser-lhes barrada a entrada.

 

Procuradora-geral desafia Trump

A procuradora-geral interina dos Estados Unidos já se mostrou contra a nova medida e ordenou aos procuradores do Departamento de Justiça que não defendam nos tribunais a ordem assinada por Donald Trump que impõe restrições à política de imigração.

Numa carta citada pela imprensa norte-americana, a procuradora justifica a decisão enquanto responsável por assegurar que as posições que se adotam nos tribunais dos Estados Unidos são coerentes com a obrigação de "defender o que é certo".

A procuradora diz mesmo ter dúvidas de que a ordem executiva de Trump seja legal.

Ainda assim, a decisão da procuradora-geral norte-americana não deverá ter grandes efeitos já que o próximo procurador-geral, um senador republicano, será confirmado no cargo em breve.

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