Trump acusa democratas e republicanos de prepararem relatório polémico - TVI

Trump acusa democratas e republicanos de prepararem relatório polémico

  • Sofia Santana
  • 13 jan 2017, 12:50
O presidente sou eu

Presidente eleito dos Estados Unidos voltou a sugerir que o documento foi divulgado por agências dos serviços secretos, mesmo depois de esta ideia ter sido rejeitada pelo chefe dos espiões, James Clapper

Donald Trump diz que as informações que constam no relatório que tem causado polémica nos Estados Unidos foram preparadas por opositores políticos, tanto do Partido Democrata como do Partido Republicano. O presidente eleito sugere ainda que o documento foi divulgado por agências dos serviços secretos, mesmo depois de esta ideia ter sido rejeitada pelo diretor dos serviços secretos.

O novo líder dos Estados Unidos voltou a falar sobre o relatório que tem aquecido os últimos dias da política norte-americana. De acordo com a imprensa, o documento indica que os russos terão informações comprometedoras sobre Trump, envolvendo negócios e até orgias, realizadas em Moscovo.

Porém, esta sexta-feira, e mais uma vez no Twitter, o republicano reiterou que estes são “factos totalmente inventados”.

Trump culpa os seus opositores políticos, tanto do Partido Democrata como do seu próprio partido, o Republicano, pela elaboração deste documento.

Mais, o presidente eleito voltou a sugerir que as informações foram divulgadas por agências dos serviços secretos. “Provavelmente” foi a palavra escolhida por Trump para deixar a ideia no ar.

Na quarta-feira, Trump já tinha afirmado no microblog que as "agências de serviços secretos não deviam permitir a divulgação de notícias falsas para o público". 

Mas no mesmo dia, James Clapper, o chefe dos espiões norte-americanos, rejeitou essa ideia. Clapper disse, em comunicado, que não acredita que a divulgação do relatório tenha tido origem nos serviços secretos norte-americanos.

"Este documento não é um produto dos serviços secretos norte-americanos e não acredito que a sua divulgação tenha tido origem na comunidade", frisou.

O assunto tem estado nas bocas do mundo, numa altura em que faltam menos de dez dias para a tomada de posse do republicano.

A polémica estalou quando a CNN noticiou que os chefes dos serviços de informações dos EUA apresentaram ao presidente norte-americano cessante, Barack Obama, e ao eleito, Trump, material comprometedor para o último, que estaria na posse do governo russo. 

Trump depressa desmentiu a notícia e falou numa "caça às bruxas política". Mas depois da CNN, também o site BuzzFeed divulgou a notícia, publicando o relatório de 35 páginas.

Segundo a imprensa norte-americana, o documento foi elaborado por um antigo espião do MI6 (os serviços secretos birtânicos), cuja identidade já foi, entretanto, revelada. Chama-se Christopher Steele e é diretor de uma empresa privada que presta serviços de assessoria de segurança e de investigação. 

 

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