O presidente dos Estados Unidos da América acusou este sábado o antecessor, Barack Obama, de ter colocado escutas nos telefones do escritório que tem na Trump Tower, em Nova Iorque, em outubro de 2016, antes da eleição presidencial de novembro. Donald Trump voltou a usar a rede social Twitter para fazer as acusações, mas não forneceu pormenores ou outros detalhes que permitam perceber em que informações se baseia para avançar com as alegadas escutas de Obama.
"Terrível! Acabo de saber que Obama pôs os meus telefones sob escuta na Trump Tower antes da vitória. Nada foi encontrado. Isto é Macarthismo!", escreveu Trump pouco passava das cinco e meia da manhã na costa Leste dos EUA na primeira de várias mensagens sobre o assunto.
Terrible! Just found out that Obama had my "wires tapped" in Trump Tower just before the victory. Nothing found. This is McCarthyism!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 4 de março de 2017
"É legal que um presidente coloque sob escuta a corrida presidencial antes das eleições? Um novo mínimo!", escreveu minutos depois.
Is it legal for a sitting President to be "wire tapping" a race for president prior to an election? Turned down by court earlier. A NEW LOW!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 4 de março de 2017
"Aposto que um bom advogado conseguiria fazer um ótimo caso com o facto de o presidente Obama ter posto os meus telefones sob escuta em outubro, antes das eleições", continuou Trump.
I'd bet a good lawyer could make a great case out of the fact that President Obama was tapping my phones in October, just prior to Election!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 4 de março de 2017
"Quão baixo desceu o presidente Obama ao pôr os meus telefones sob escuta durante o sagrado processo das eleições. Isto é Nixon/Watergate. Homem mau (ou doente)!", rematou.
How low has President Obama gone to tapp my phones during the very sacred election process. This is Nixon/Watergate. Bad (or sick) guy!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 4 de março de 2017
De acordo com o jornal norte-americano The Hill, o site de extrema-direita Breitbart News publicou um artigo em que referia "um golpe silencioso" de Barack Obama que utilizou a "polícia do Estado". O site já foi dirigido por Stephen Bannon, o Chefe Estratégico da Casa Branca de Donald Trump, e já foi usado pelo presidente como fonte para as comunicações que faz.
Mas este sábado de madrugada Donald Trump não publicou tweets só sobre as alegadas escutas. Ao mesmo tempo que ia partilhando no Twitter as mensagens sobre a administração Obama, o inquilino da Casa Branca também aproveitou para defender Jeff Sessions, o recém-apontado procurador-geral dos EUA, que tem sido questionado sobre o encontro com o embaixador russo durante a campanha para as presidenciais de 2016.
Com os tweets em que denunciou as escutas, o presidente dos EUA intercalou outros dizendo que o mesmo embaixador russo visitou a Casa Branca durante a presidência de Obama 22 vezes, e quatro só em 2016.
Just out: The same Russian Ambassador that met Jeff Sessions visited the Obama White House 22 times, and 4 times last year alone.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 4 de março de 2017