O presidente norte-americano, Donald Trump, advertiu no domingo o Irão para que "nunca volte a ameaçar os Estados Unidos" sob pena de "consequências tais como poucos conheceram ao longo da história".
Nunca, mas nunca mais, voltem a ameaçar os Estados Unidos ou sofrerão consequências como poucos conheceram ao longo da história. Já não somos um país que apoie as vossas palavras dementes de violência e de morte. Cuidado!", escreveu Trump no Twitter, numa mensagem dirigida ao presidente iraniano, Hassan Rohani, toda redigida em maiúsculas.
To Iranian President Rouhani: NEVER, EVER THREATEN THE UNITED STATES AGAIN OR YOU WILL SUFFER CONSEQUENCES THE LIKES OF WHICH FEW THROUGHOUT HISTORY HAVE EVER SUFFERED BEFORE. WE ARE NO LONGER A COUNTRY THAT WILL STAND FOR YOUR DEMENTED WORDS OF VIOLENCE & DEATH. BE CAUTIOUS!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 23, 2018
Esta mensagem foi publicada depois de Rohani ter avisado o presidente dos Estados Unidos para "não puxar os bigodes do tigre", garantindo que um conflito com o Irão seria a "mãe de todas as guerras".
Estas disputas verbais lembram as mensagens entre Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-un, antes de as tensões terem dado lugar a uma cimeira histórica entre os dois homens, a 12 de junho passado, em Singapura.
Desde a aproximação inesperada com a Coreia do Norte, Trump fez do Irão o seu principal cavalo de batalha.
EUA sem medo de impor sanções "ao mais alto nível"
Também no domingo, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, tinha afirmado que Washington não tinha medo de impor sanções "ao mais alto nível" ao regime de Teerão.
Num discurso perante a diáspora iraniana na Califórnia, Pompeo confirmou que Washington quer que todos os países reduzam as suas importações de petróleo iraniano até "perto de zero", até 4 de novembro, caso contrário enfrentarão sanções dos Estados Unidos.
Donald Trump anunciou a saída dos EUA do acordo internacional de 2015, que foi assinado com o objetivo de impedir que o Irão adquirisse armas nucleares, e o regresso das sanções norte-americanas.
Enquanto muitos dos aliados dos EUA tentam salvar o acordo nuclear iraniano, o chefe da diplomacia norte-americana reiterou o seu desejo de que "o regime [iraniano] mude significativamente o seu comportamento, tanto dentro do Irão como no cenário mundial", recusando-se a distinguir entre radicais e moderados.
Mike Pompeo anunciou ainda o fortalecimento da campanha de propaganda norte-americana com o lançamento de um canal multimédia (televisão, rádio, redes digitais e sociais) 24 horas por dia em farsi, "para que os iranianos comuns, no Irão e em todo o mundo, saibam que a América está do seu lado", bem como medidas "para ajudar os iranianos a contornar a censura na Internet".