Trump: ataque informático russo é uma “caça às bruxas” - TVI

Trump: ataque informático russo é uma “caça às bruxas”

9 - Donald Trump eleito

Presidente eleito dos Estados Unidos continua reticente sobre a possível interferência russa nas eleições norte-americanas e voltou a lançar farpas aos adversários políticos

Donald Trump classificou, numa entrevista telefónica ao New York Times esta sexta-feira, a possível interferência russa nas eleições presidenciais norte-americanas como uma “caça às bruxas” política. O republicano voltou ainda a atirar farpas aos democratas, considerando que o ataque informático foi uma manobra falhada para o derrubar.

O presidente eleito dos EUA afirmou que a polémica em torno da possível interferência da Rússia nas eleições norte-americanas, através de ataques informáticos contra os democratas, não passa de uma campanha orquestrada pelos seus adversários políticos por se sentirem envergonhados pela derrota na corrida a Washington.

Mas Trump foi mais longe e recordou episódios passados onde a Casa Branca e o Congresso foram vítimas de pirataria informática e nada foi feito.

A China, há relativamente pouco tempo, pirateou 20 milhões de nomes do Governo. Como é que ninguém nunca falou disso? Isto é uma caça às bruxas política”, disse em tom de acusação, referindo-se a um ataque ao Gabinete de Gestão de Pessoal do Governo norte-americano, no final de 2014 e princípios de 2015.

O jornal norte-americano sublinhou que este ataque, assim como os documentos pirateados na altura, nunca foram divulgados, nem mesmo durante as últimas eleições. E o republicano eleito para futuro presidente dos EUA usou esse facto para lançar mais fartas aos seus opositores.

Eles foram derrotados de maneira muito forte nas eleições. Eu ganhei mais condados nas eleições do que Ronald Reagen. Eles estão muito envergonhados por isso. Até certo ponto, é uma caça às bruxas. Eles estão apenas concentrados nisso”, disse Donald Tump.

Muro na fronteira: contribuintes vão pagar e o México irá reembolsar

Donald Trump voltou a uma das suas promessas eleitorais mais polémicas: a construção de um muro na fronteira com o México. O milionário reforçou que o projeto vai mesmo avançar e, a fatura final, será paga pelo México ainda que no início sejam os contribuintes a arcar com a despesa.

Na entrevista ao New York Times, o presidente eleito admitiu utilizar o dinheiro dos norte-americanos para poder começar a obra o quanto antes, mas esse valor será depois requerido ao México.

Os republicanos começaram a discutir, no Capitólio, a forma de incluir o financiamento do muro em projeto-lei que só viriam a ser aprovados na primavera. "Nós vamos ser reembolsados. Mas eu não quero esperar tanto tempo para avançar”, disse Donald Trump garantindo que não vai deixar cair esta promessa eleitoral.

Contudo, o presidente eleito já tem uma proposta de solução e afirma que o reembolso poderá passar pela renegociação do acordo de Livre Comércio da América do Norte com o governo mexicano.

Porque estas negociações vão ser morosas, Trump quer avançar já com o dinheiro dos norte-americanos e fazer contas mais tarde.

Congresso contou os votos e certificou a eleição de Trump

Quase dois meses depois das eleições presidenciais de 8 de novembro, o Congresso norte-americano certificou, esta sexta-feira, a eleição de Donald Trump para a Casa Branca, apesar de algumas interrupções por parte de congressistas democratas e manifestantes.

O ainda vice-Presidente americano, Joe Biden, na qualidade de presidente do Senado (câmara alta do Congresso), presidiu uma sessão conjunta das duas câmaras do Congresso (Câmara dos Representantes e Senado) para contar o número de votos de “grandes eleitores” do Colégio Eleitoral conquistados por Donald Trump (304) e a sua rival democrata Hillary Clinton (227).

Os votos de cada estado foram abertos e registados por ordem alfabética. Biden anunciou então os resultados e declarou os nomes dos vencedores.

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