Sem perder tempo, como fora prometido por um porta-voz da Casa Branca durante a tarde, Donald Trump decretou fortes restrições à entrada de cidadãos imigrantes estrangeiros, provenientes de países de maiorias islâmicas, o que inclui refugiados.
Estou estabelecendo novas medidas de controle para manter os terroristas islâmicos radicais fora dos Estados Unidos da América", disse Trump durante a assinatura do decreto, no Pentágono, onde deu posse ao secretário de Defesa James Mattis.
Além de outro decreto que pretende reforçar o equipamento e a capacidade militar dos Estados Unidos, Trump enfatizou a media que visa condicionar o acesso de estrangeiros.
Nós não os queremos aqui. Queremos assegurar que não deixamos entrar no nosso país os que constituem as ameaças que os nossos soldados estão a combater no estrangeiro. Só queremos pessoas que apoiem o nosso país e em nosso país que apoiarão nosso país e gostem profundamente do nosso povo", acrescentou Trump.
Fim das estadias de 30 dias
Uma versão preliminar do decreto de Trump, revelada pela cadeia televisiva CNN, dá conta que a medida impede os nacionais de países como o Iraque, Síria, Irão, Sudão, Líbia, Somália ou Iémen de entrar nos Estados Unidos, com uma licença de permanência por 30 dias.
Por outro lado, suspende também o Programa de Admissão de Refugiados norte-americano por 120 dias, para nacionais de muitos países.
O número total de refugiados a admitir pelos Estados Unidos também será limitado este ano em 50 mil pessoas, perto de metade da cifra prevista de 110 mil.