O presidente norte-americano, Donald Trump, garantiu hoje que tudo foi feito para “deter o assalto” de milhares de migrantes hondurenhos, a caminho dos Estados Unidos, a partir do sul do México.
“Todos os esforços estão a ser feitos para impedir o ataque de migrantes ilegais de cruzar a nossa fronteira a sul. As pessoas têm que solicitar primeiro asilo no México e, se não o fizerem, os Estados Unidos irão recusá-las”, lê-se numa publicação de Donald Trump na rede social Twitter.
Full efforts are being made to stop the onslaught of illegal aliens from crossing our Souther Border. People have to apply for asylum in Mexico first, and if they fail to do that, the U.S. will turn them away. The courts are asking the U.S. to do things that are not doable!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) October 21, 2018
Num segundo ‘tweet’, o presidente norte-americano afirmou que “as caravanas são uma desgraça para o Partido Democrata”, exigindo que “mudem as leis da imigração AGORA!”, depois de ter acusado os democratas, em minoria no Congresso norte-americano, de encorajarem as migrações em massa para os Estados Unidos.
“Devo pedir ao México que pare este assalto – e se não for capaz, chamarei o exército americano para fechar a nossa fronteira a sul”, tinha afirmado Donald Trump na quinta-feira.
Cerca de três mil hondurenhos retomaram este domingo a marcha em direção aos Estados Unidos, a partir de Ciudad Hidalgo, no sul do México, enquanto outro milhar aguardava num ponto de fronteira para poder entrar de forma legal no país.
Inicialmente, as autoridades mexicanas conseguiram bloquear a ‘caravana’, que estimam ser composta por cerca de quatro mil pessoas, mais muitos migrantes entraram ilegalmente no país pelo rio Suchiate, que separa o México da Guatemala.
Esta grande movimentação de migrantes, que mobiliza famílias inteiras, começou quando cerca de dois mil migrantes hondurenhos saíram a pé de San Pedro Sula, a cerca de 180 quilómetros a norte da capital das Honduras, Tegucigalpa, em resposta a um apelo publicado nas redes sociais.
Fugir da miséria, da violência de grupos criminosos organizados nas Honduras e alcançar o 'sonho americano' são as principais motivações destas pessoas.
A caravana foi apelidada de "Marcha dos Migrantes" por vários países da América Central.